Há artistas que nos acompanham as histórias de vida. Às vezes não são grande coisa. Às vezes até eram bons e estragam-se. É o caso desta Alanis Morissette. Mas não de duas das suas canções que podiam ser sobre mim.
Este foi o meu dia de ontem:
Sometimes is never quite enough If you´re flawless, then you´ll win my love Don´t forget to win first place Don´t forget to keep that smile on your face
Be a good boy Try a little harder You´ve got to measure up And make me prouder
How long before you screw it up How many times do I have to tell you to hurry up With everything I do for you The least you can do is keep quiet
Be a good girl You´ve gotta try a little harder That simply wasn´t good enough To make us proud
I´ll live through you I´ll make you what I never was If you´re the best, then maybe so am I Compared to him, compared to her I´m doing this for your own damn good You´ll make up for what I blew What´s the problem? Why are you crying?
Be a good boy Push a little farther now That wasn´t fast enough To make us happy
We´ll love you just the way you are if you´re perfect
MJNuts
Now you have been to where no one has been before.
Deus sabe que não sou um homem supersticioso. O que Ele não sabe é que eu gosto de superstições. Por vezes, não são tanto superstições, mas sim momentos, coincidências ou aqueles sinais aos quais gostamos de lhes atribuir aquela dramática designação de "presságio". O que todos sabem é que sempre fui um homem de dramas. Não só porque o drama em exagero tem piada e é sempre motivo de riso (quase sempre), como a vida torna-se também mais interessante se a pudermos pintar com o drama surreal das telenovelas e dos filmes. É verdade, vocês sabem disso.
Tenho um post na ponta da língua sobre um assunto mais importante que quero tratar com vocês, mas, neste momento, vão aturar a minha pessoa being a drama queen.
À semelhança da nossa singular MJNuts, também eu trabalho no Jardim Zoológico de Lisboa, onde, estranhamente, recarrego as minhas baterias, todos os fins-de-semana, para suportar mais uma semana de ausência de plenitude. Um destes sábados, preparava-me para guiar as minhas crianças de 8/9 anos para o interior da área zoológica, quando uma pirralha se aproxima de mim e diz-me:
«Vais morrer... com um tiro.»
Nunca antes tinha falado com ela, mas seria de esperar que se risse de mim ao observar os meus olhos esbugalhados, mas, em vez disso, afastou-se para junto das suas amigas. Não foi uma rapariga que tenha causado quaisquer problemas durante o resto da tarde e nunca mais se falou sobre isso. O vosso morcegoficou, pois, terrivelmente encantado com o presságio (vêem como é giro dizer "presságio"?) da moça, o que seria de esperar. Se alguns sinais de medo mostrei eu a alguém foi simplesmente pela piada do drama, claro.
Mas o vento trouxe brincadeiras. Poucos dias depois (3?), passei uma noite inteira a sonhar. Lembro-me de ter, pelo menos, 4 sonhos, apesar de um ter sido mais longo e memorável. Nesse sonho, estava eu num hostel qualquer em França e era de noite. As ruas estreitas lá por perto tinham aquela tonalidade laranja dos candeeiros, mas não importam agora os pormenores. O que importa é que parece que havia alguém naquele lugar que andava atrás de mim para me dar um tiro! Sei que existia um motivo; não me lembro bem qual - tinha riscado o carro a alguém... Não sei. Sei que eu estava a morrer de medo, observando todas as pessoas que estavam à minha volta, porque sabia que, a qualquer altura, qualquer uma delas poderia sacar de uma arma e disparar contra mim. Pânico!
Mas o Guess acha piada a estas coisas, não é? Então, toma lá mais um! Esta tarde, uma colega minha da ESTC revelou-me que tinha tido um sonho deveras estranho e confuso e que eu entrava nele (adoro estar nas luzes da ribalta!). Passava-se na Estação de Comboios de São João do Estoril e parece que aquilo por lá estava um caos semelhante ao fim do mundo. Havia uns homens quaisquer a fazer umas trafulhices bizarras. Carros passavam nos carris, em vez de comboios. Uns homens estavam a deitar gasolina sobre um comboio e depois pegaram-lhe fogo, fazendo-o explodir. Isto tudo estava a ser observado pela minha colega, que estava com uns binóculos. De repente, um homem com uma arma aponta a mira para ela, fazendo-a correr que nem uma maluca. Havia por lá imensa gente, ao que parece. Pessoas a gritar, eu sei lá! Sei, que, entretanto, apareço eu a correr ao lado dela! (ai eu...) Escondemo-nos os dois atrás de uns arbustos a observar todo aquele panorama até que somos surpreendidos por trás por dois homens com armas. Começamos a correr, mas eu sou agarrado. Quando a minha colega olha para trás, vê-me levar um tiro na barriga, a ser regado com gasolina e a pegar fogo rapidamente!
Sim, o Guess gosta destas histórias. Destas coincidências que a vida lhe traz e de que ele tanto adora fazer um drama. Seja como for, estou aqui estou a levar um tiro! Haha. Não importa. Querem partilhar alguma novela comigo? Eu adoro estes contos.
Peço apenas uma coisa às minhas colegas morcegas: se eu, de facto, morrer com um tiro façam um post sobre os presságios da vida e como devemos sempre tê-los em conta! NOT!
... que ainda não é desta que a Kate Winslet leva um Óscar para casa.
Então depois de ter recebido um Globo de Ouro de Actriz Secundária por The Reader, a Academia vai e nomeia-a como Actriz Principal para este mesmo filme? Contra todas aquelas maravilhosas senhoras (Angelina Jolie e Meryl Streep, por exemplo)? Pfff... Ele há coisas que para mim não fazem sentido... Coragem, Kate, we still love ya!
O meu destaque das nomeações deste ano vai para as 6 nomeações de Wall-E, o que julgo ser um recorde para um filme animado. Merece! São quase todas nomeações daquelas em que a gente anha um bocado à espera das que interessam, mas há que relevar a nomeação para o Óscar de Melhor Argumento Original. E é claro que vai ganhar o Óscar de Melhor Filme Animado, não há volta a dar.
Fora isso, há que dar o devido valor a Slumdog Millionaire, o filme indie sensação deste ano, depois dos muito bem sucedidos Little Miss Sunshine e Juno nos anos anteriores, com 10 nomeações, incluindo Melhor Filme, Melhor Realizador e Melhor Argumento Adaptado.
O meu mui-apreciado The Curious Case of Benjamin Button lidera a corrida, com 13 nomeações. Desta não estava eu à espera, a sério! Mas o Fincher já merecia e eu adorei o filme, portanto... Algures entre Melhor Filme, Melhor Realizador, Melhor Actor Principal, Melhor Actriz Secundária, Melhor Argumento Adaptado e as muitíssimos bem conseguidas categorias técnicas, alguma coisa há-de lá chegar.
Já alguém notou que o cinema português parece estar a passar, finalmente, a sua fase da adolescência, depois de uma atribulada infância cheia de traumas, coisas descabidas e Manuel de Oliveira? É que agora é impossível ver um filme português sem haver gajas nuas, sexo explícito aos montes e violência, literalmente, a dar com pau. E Aleluia! Não tarda nada estamos na fase adulta!
Hoje vou fazer uma experiência. Vou escolher 20 postais dos quais não goste particularmente e que já não faço ideia porque raio os guardei. Bem, pode ser que a vós vos traga alguma luz.
O que é girl porn? Como fazer girl porn? Qual o segredo da Stephenie Meyer? O que raio é o Crepúsculo? Quem é que faz estas perguntas?
A girl porn gosta muito de metáforas e adjectivos. A melhor maneira de reconhecer girl porn é através do sem número de adjectivos e metáforas utilizados para descrever o protagonista masculino. Não só vão ser muitos, como vão ser repetidos tantas vezes que vamos chegar a perguntar-nos se a autora não sofrerá de deficit de atenção ou de amnésia. É o cabelo que é da cor do ébano e com textura de veludo, 87 vezes. É o peito que é muscular e duro, 143 vezes. É a pele que tem o toque suave de caxemira, 23 vezes. São as mãos que são rijas e grandes mas suaves como a seda, 352 vezes. E por aí adiante. Tão adiante, que após 200 páginas disto torna-se difícil lembrarmo-nos do que quer que seja além da quantidade de vezes que tecidos são usados para descrever partes do corpo. E quanto à personalidade? Who cares! O peito dele é musculado e duro mas suave como cetim!
Outra das características de girl porn é a subtil ameaça que o protagonista representa para a protagonista. Entre inúmeros adjectivos e metáforas sobre o aspecto físico do homem, vai sempre haver aquela metáfora fulcral (também essa a ser repetida 1356 vezes) que informa a leitora que o gajo é tão forte, tão forte, tão forte que podia partir a protagonista ao meio, se quisesse. Mas ele não quer, porque ele é um fixe.
Ora esta mensagem é A Mensagem (não que o Fernando Pessoa tocasse nisto com um pau de 100 metros). É isto que é girl porn, meus senhores e minhas senhoras. O domínio físico sobre a mulher. Seja ele subtil ou óbvio, é isto que põe as jovenzinhas e as senhoras de meia-idade todas malucas!
No entanto, é opcional (a não ser que estejam a escrever, por exemplo, uma Júlia ou uma Sabrina. E que lindas capas!) a cena da “quase violação”. Vocês sabem de qual eu estou a falar. A tal. Aquela. A fantasia sexual mais apreciada. Essa mesma. “Ai não, não, não! Ai sim sim sim sim!” Não se façam de desentendidos, que eu estou a ver-vos.
Assim sendo, eu divido a girl porn em dois tipos: Softcore e Hardcore. Sei que são as mesmas categorias de pornografia “normal” mas não confundam. A mais hardcore das girl porns não chega nem de longe, nem de perto às badalhoquices da pornografia “normal”. Ora e qual é a diferença entre estes dois tipos de er… literatura (ai, que me ia engasgando), perguntam vocês. Vocês são muito perguntadeiros, já sei. Ora as diferenças são as seguintes: o número de páginas que têm de percorrer até haver sexo e o sexo em si.
Em hardcore, o número de páginas que se tem de percorrer até as personagens principais terem sexo é o equivalente a, num filme, dentro de 15 minutos toda a gente ficar nua. Há ali uma certa tensão sexual, sim senhor, mas não é coisa que dure muito tempo. Vai-se logo direitinho ao que é bom, que os problemas vêm é depois, entre inúmeras sessões de sexo. O sexo é bastante descritivo, sendo que uns autores (ou deverei dizer autoras) preferem ser mais descritivos que outros em certas e determinadas coisas. A uns parece-lhes bem dizer “pila” tal e qual e a outros soa-lhes melhor coisas como "bainha de veludo" ou "membro palpitante". Não temam! A girl porn gosta quando a foleirice encontra a badalhoquice.
Em softcore, o número de páginas que têm de ler até chegarem ao bem bom vai além do que vocês gostariam e o sexo em si muitas vezes é daqueles em que se metem na cama e depois fica tudo escuro, como nos filmes. No entanto, apesar de vocês se sentirem frustrados (ou melhor, frustradas) a ler aquilo, não sabem que a razão pela qual estão a gostar tanto do livro é precisamente a falta de sexo e não a abundância dele. É na tensão sexual que reside o trunfo da girl porn softcore. É pelos “tomates” que a Stephenie Meyer vos apanha. Não é por ela ser mórmon que eles não fazem sexo, é porque arruinava imediatamente o livro para todas as adolescentes borbulhentas a lê-lo. Sexo é sobrestimado. Sexo é para quem PODE fazê-lo. Para quem não pode, tensão sexual é muito melhor porque é aquilo que sentem todos os dias! É também esse o segredo para se escrever boa girl porn, não se andar a TER boa girl porn. É isso mesmo. Girl porn é escrita por quem não faz sexo para quem não anda a fazer sexo.
Ora aí entra a Stephenie Meyer e o seu Crepúsculo e todos os outros livros com nomes de fenómenos meteorológicos que ela expeliu. O que esta marota fez foi escrever a sua fantasia sexual e mandá-la imprimir e subitamente todo um monstro de hormonas foi despertado e alimentado pela mesma. Mas qual o segredo dela? Aquilo é a pior literatura cujo nascimento o mundo testemunhou nos últimos cinquenta anos e, no entanto, a gorda anda a rolar em dinheiro. Será só aquilo que eu mencionei ou algo mais? Serão os vampiros vegetarianos que brilham como diamantes? Serão os partos à Alien? Se houver algum fã da saga Crepúsculo a ler-me faça o favor de me elucidar! Até agora o que mais me elucidou foi uma gaiata no Curto Circuito, da SIC Radical, que resumiu o filme, baseado no livro, do seguinte modo: “É um vampiro que se apaixona por uma rapariga normal e o filme é todo assim”. Sim. Mais de 500 páginas de “todo assim.” Eles andem aí e brilham.
David Fincher é o único realizador do qual já vi todas as longas-metragens (quando vir o The Wrestler do Aronofsky o número aumenta para dois). Além de que acabei de saber pelo IMDb que ele é o realizador do Who Is It, que é uma das minhas músicas preferidas do Michael Jackson e um dos vídeos também. Mas divago.
Apesar de já ter visto todos os filmes do Fincher, e de ter gostado de todos, não há nenhum que se aproxime propriamente da marca dos meus grandes favoritos. Adorei o Se7en, como fã de policiais/thrillers que sou e o Fight Club já está a pedir uma revisão, porque lembro-me de adorar o filme quando vi, mas a memória já está tão dispersa que seria quase hipócrita da minha parte considerá-lo um favorito. Os restantes vi, com muito gosto, apreciei o excelente trabalho de Fincher, não fiquei arrependida do tempo gasto e segui em frente com a minha vida.
Mas estava destinado que fosse diferente com este The Curious Case of Benjamin Button. A única coisa que eu sabia sobre ele é que era a história de um homem que nasceu fisicamente velho em vez de bebé e que tinha o Brad Pitt e a Cate Blanchett (que são dois bons motivos para passar um par de horas numa sala de cinema). Não sabia exactamente o que era esta história deste homem, apenas que era a sua história. Não me vou perder a avaliar a excelente componente técnica do filme, com a caracterização sem falhas, as actuações magníficas e a banda sonora de respeito (na onda do tão perfeitamente integrada que é o filme, não o acompanha, nem lhe destaca as cenas, apenas coexistem na perfeição - que nem a banda sonora do The Hours), porque essa não é a minha área.
Antes de mais, há que esclarecer o nascer velho. Eu estava já a rogar pragas mentais, a pensar como é que seria plausível sair um homem velho dum canal vaginal! Mas nunca duvidem do Fincher. E, já agora, não duvidem do bom senso do F. Scott Fitzgerald, autor do conto que deu origem ao filme. Benjamin Button nasceu velho, sim senhor, mas isto é o que querem dizer:
Benjamin Button é uma pessoa como todas as outras, mas cujo processo de envelhecer é ao contrário. Mentalmente, o processo evolutivo dele é como o de todos nós. Fisicamente, ele vai ficando com um aspecto cada vez mais novo com o passar dos anos. Ou seja, vemos um velho caquético a ter comportamentos infantis, a aprender as regras de etiqueta, a aprender a ler... Tudo o que é normal numa criança, mas num corpo idoso.
O que eu não esperava deste filme é que... Bem, ele é literalmente sobre a vida de Benjamin Button. Suponho que seja por isso que muita gente se queixe da duração dele. Começamos antes de Benjamin nascer e percorremos todo o seu curioso percurso até à morte. Vemos as pessoas à sua volta a ficarem encarquilhadas e decrépitas, os velhos do lar de idosos onde vive a morrerem, enquanto ele vai ficando cada vez mais em forma. Tudo isto a um passo ritmado, como é o da vida, com as experiências a irem acontecendo, as pessoas a cruzarem o caminho dele e a saírem, as viagens...
Isso é o que torna este filme tão especial. É um retrato de uma vida. Da vida tal como ela é, apesar de este personagem ser tão peculiar. Já todos vimos filmes épicos, biografias, histórias de vida contadas no cinema... Mas são histórias daquelas pessoas. O que torna The Curious Case of Benjamin Button tão único é que, apesar dessa diferença aparentemente fulcral que é o rejuvenescer em vez de envelhecer, a vida dele podia ser a de qualquer um de nós. Descobrir como se anda e fala, como se usa talheres. Conhecer pessoas que nos contam histórias e nos ensinam a tocar um instrumento. Encontrar o primeiro amor. Descobrir os prazeres do corpo e dos maus hábitos. Crescer e sair de casa, partir à aventura.
Todo este processo torna-se ainda mais bonito, porque vemos os dois lados da moeda. Vemos Benjamin a rejuvenescer e Daisy, nascida mais ou menos na mesma altura, a viver o processo normal. Vemos como há uma ligação imediata, é ele um velho praticamente careca e corcunda apesar dos seus menos de 10 anos e ela, a linda criança ruiva e de olhos azuis. Vemos como ele fica mais novo e ela mais velha, apesar da idade semelhante, e como tantas vezes se desencontraram porque não era o tempo certo. Vemos, por fim, a felicidade de se terem encontrado a meio do caminho.
É uma história de amor belíssima, porque é um amor que faz parte da vida, é tão natural como crescer. Nada me aqueceu tanto o coração numa sala de cinema como o decorrer das cenas em que finalmente, por uns anos, Benjamin e Daisy se encontraram no meio dos seus percursos de vida.
Mas o tempo não pára. Nem mesmo quando o relógio anda para trás.
Há quem diga que o filme apela constantemente à lágrima, o que se torna cansativo. Há quem diga que há pormenores impensáveis, como a quantidade de coisas que Daisy escondeu da filha. Acho que nada disso interessa. E não vejo onde está o apelo constante às lágrimas.
Apeteceu-me sorrir muito mais vezes do que achei lágrimas adequadas.
Nada do que eu possa dizer faz justiça à experiência que é ver este filme. Durante 3 horas, ou quase, parece que a vida dura aquele tempo, que é assim. Não tiraria nem uma cena.
MJNuts
Saturday, January 10, 2009
Tenho um amigo que foi para longe.
Esse meu amigo é uma parte importante de mim. Sinto a falta dele quase todos os dias ou lembro-me dele devido aos pormenores mais absurdos.
Acho que, muitas vezes, não sou a melhor das amigas. Digo muita coisa que é francamente desagradável porque me falta o filtro, mas, pior que isso, é muitas vezes não estar lá quando os amigos precisam e isso é uma falha imperdoável. Não sei se te falhei. Falhei-te, Nabo? Acho que sim. Já devia ter ido ter contigo.
Sem ti, ficou um vazio em muitas noites. Eras a presença que as preenchia. Sou uma criatura que não fecha os olhos sob a luz nocturna. Nas longas horas de escuridão que havia, escusava de ver um filme sozinha, via-o contigo. Se me apetecia chorar, bastava ir bater-te à porta. Se não tinha sono, conversava-se. Se querias companhia para o midnight snack, era só chamares.
O meu mundo contigo era melhor. Sabia mais de música e adormecia a ver mais filmes. Sabes que, quando te foste, passei a ouvir menos música em casa? Só alguns gostos ocasionais. Agora retomei… Estive de luto? Ainda tens os meus livros do Senhor dos Anéis? Podíamos comentar, de igual para igual, os gajos e gajas que há na vida. Sonhávamos e inventávamos e éramos falhados juntos.
Há comidas que já não sabem tão bem. O Ice Tea era melhor nos teus copos gigantes. E para que serve a lasanha se não a comemos às 3h da manhã? Já não sei o que é um pão com manteiga. E agora? Para quem vou roubar as chávenas dos cafés?
Foste, e és, a única pessoa por quem já roubei. Chávenas, tabuletas, insignificâncias que te fazem feliz. Nem pensava duas vezes.
Nas noites de neura, pegava no carro e vinhas comigo e andávamos, andávamos… Não entrávamos em lado nenhum, tanto que até uma vez o desespero me levou a fazer xixi na rua… Foi engraçado. Tinhas a coragem de estar com um perigo condutor nas primeiras semanas de carta. E rias comigo, não de mim.
És aquele abraço que me dá vontade de chorar. É como se tu chegasses e o guarda-chuva se fechasse e, de repente, a tempestade atinge-me.
Não eras perfeito e eu não sou perfeita. Mas aceitamo-nos como iguais. Podes contar-me grandes podres teus e para mim é como se nada fosse, tu és assim, aceito-te como és, não exijo mais. Talvez devesse? Mas já todos fazem isso… E contigo sou parva e digo disparates e podes dar-me na cabeça quanto quiseres e tens razão, mas não faz mal, porque vais sempre chamar-me naba e rir-te e não te importar com isso.
Não me magoas e, mais importante que isso, eu não tenho capacidade para te magoar. Podia dizer tanta coisa horrível que te mandaria abaixo e te faria sentir um farrapo, mas simplesmente nunca me sai. Coabitamos em paz na linha estreita das relações humanas. Sem dependências, sem excessos, apenas o suave sussurrar do prazer da companhia.
Contigo, não era preciso interpretar papéis e estatutos sociais. De uma forma que não sei se faz sentido, sabes quem eu sou, cá dentro, sabes o que é ser eu, a parte que não cabe nas palavras, que se sente sem se descrever. Porque é como disse Fynn: “A maior parte do anjo está por dentro e a maior parte da pessoa está por fora”.
És a pessoa com quem consigo estar quando só apetece estar sozinha.
Dormi no teu sofá, na tua cama, recorria a ti quando ficava trancada fora de casa. Ouvi tantas histórias e vi tanta gente passar na tua vida. Porque é que eu fiquei? Não tenho nada de especial…
Cresci contigo? Mas se és eterno adolescente… Talvez tenha crescido. Agora sinto-me podre, imatura, inconsequente. Sinto-me presa no corpo de alguém que já foi grande e se perdeu.
Estás tão longe, mas sei que posso contar contigo. Tanta gente que eu adoro e que está comigo e cuja minha vida sem eles não faz sentido… Mas ninguém és tu. Ninguém percebe isso. Ninguém percebe o que significa eu chorar. Nem tu. Mas contigo eu sentia que havia razões para limpar as lágrimas, esfregar os olhos e seguir em frente. Chorar era uma força, não uma fraqueza. Oh, eu podia repetir a mesma merda, uma e outra vez, tu podias repetir mil vezes o que já tinhas dito, mas naquele momento em que as lágrimas escorriam, eu ficava bem. Chorar era um alívio, porque tu eras o meu alívio.
Depois comíamos pão com maionese fora de prazo e tu aquecias a linguiça no micro-ondas. O mundo nunca pára de girar.
Tinhas camisas de flanela, o que é mau. Deste-me uma e usava-a em casa como se fosse um casaco precioso. Mas a minha mãe às vezes é ruim e deitou-a fora… Tinhas umas t-shirts loucas e o look sem-abrigo não fica tão bem a mais ninguém… Gozavas com tudo o que havia para gozar e dizes, com razão, que é precisamente na capacidade de brincar que reside a tolerância e aceitação do outro.
Lembro-me com carinho do teu ar de Jesus Cristo. Não sinto lá muita falta do acordar forçado porque estavas a tocar guitarra lá em baixo. Agradeço o esforço na tentativa de me ensinares os primeiros acordes da Smoke on the Water. Já me esqueci.
Não sei. Não sei que estou a dizer. Sei que o meu mundo abana e treme e não estás cá para me segurar.
Faz hoje mesmo, 9 de Janeiro, 2 anos de existência desta banca de Tretas! Tudo começou aqui.
Devo confessar que nunca pensei que, 2 anos volvidos, o blog ainda estivesse de pé e a funcionar. Confesso que sou de paixões assolapadas que, quando se vão, ficam lá guardadas no seu cantinho de recordações e um blog tinha mesmo ar de estar a pedir que ao fim de uns meses eu lhe desse com os pés. Mas é para evitar desaires desses que cá está a boa Giovanna.
Ao início, éramos as Morcegas no Sótão. Coisa que muito se adequa a mim e a ela, que já tivemos vários projectos em conjunto, sempre executados noite dentro. Cerca de 6 meses mais tarde, convidámos o Guess e tivemos de mudar o sexo do nome da equipa. Passámos a ser os Morcegos. Foi uma grande adição à equipa, que me possibilita ser Fadinha da Edição, além de contribuir com posts por vezes polémicos, mas sempre muito comentados! Por último, conseguimos finalmente arrancar a Lili desse grande antro da arte de escrever bom humor que é o K1111 e convencê-la a fazer umas colaborações aqui por estes lados. O melhor do Tretas ainda está para vir!
De duas Morcegas, passámos a quatro Morcegos. Espero que estes dois anos de posts, uns melhores, outros piores, mas sempre com boas intenções, tenham sido do vosso agrado, pois eu certamente me tenho divertido com as tretas que aqui se destilam! E não tenho dúvidas que o resto da equipa também.
Por isso... Bloguezinho, fofinho, querido! Muitos parabéns, que contes muitos!
Ora bem, na ressaca de me ter finalmente chegado o pack da 1ª temporada de Chuck, alegremente vindo da Amazon e desse belo território que é o UK, resolvi que devo voltar a falar desta série que teve o raro efeito em mim de a querer rever assim à maluca só porque posso e porque gosto (algo que, em termos de séries, só me aconteceu com Lost e Futurama, respectivamente o 1º e 2º lugar das minhas preferências televisivas - beware, My Name is Earl! se Chuck mantiver a qualidade, arriscas-te a sair do pódio). Isto porque, da outra vez, acho que falei muito superficialmente de tudo o que de bom se pode retirar de Chuck e só falei dos três personagens que eu considero principais. Ou seja, vou ver se remato a coisa de uma vez e a ver se não me prolongo demasiado.
Além de querer tagarelar um pouco mais sobre Chuck, quero também "ensinar-vos" a poupar uns trocos em bens supérfluos como são estes culturais. Eu sei que disse aqui que ia aproveitar os cheques FNAC natalícios para comprar a série, mas a verdade é que na Amazon estava ao belíssimo preço total (incluindo imposto, portes e empacotamento) de 17.89£, o que nos tempos que correm dá a impensável quantia para a realidade comercial da cultura televisiva em Portugal de 18.48€, algo longe dos 34.90€ exibidos pela "nossa" linda cadeia comercial. Aproveito então para vos aconselhar a todos a criarem o vosso MBNet ou para arranjarem um cartão de crédito da vossa conta habitual para poderem fazer parte do maravilhoso mundo que é mandar vir cultura do estrangeiro, que a nossa daqui é cara. Já que estou numa onda de bons conselhos, sugiro-vos também que vão à Amazon UK em vez de à original americana, pois no caso da compra de DVDs, a região deles é a mesma que a nossa (ou seja, o nosso leitor mais rasco lê DVDs vindos de lá), para não falar do mais importante factor de os portes serem mais baratos e, visto que é correio dentro da UE, não há o perigo de ficarem com material encrencado na alfândega.
Enfim, voltando ao que interessa: Chuck.
Já sabem que é uma série sobre um moço chamado Chuck que ficou aquém do seu potencial e, em vez de acabar o curso e se tornar rico e bem sucedido, foi expulso da faculdade no último ano e acabou como técnico de uma loja de material electrónico chamada Buy More. Apesar de esta estagnação na sua vida e da sua aparente resignação ao seu triste fado, Chuck é um homem muito inteligente e um líder natural. Os colegas da Buy More, embora sejam seus iguais em termos de hierarquia, procuram-no para saberem se há novidades na loja, para resolverem conflitos, para solucionarem problemas.
Este universo da Buy More, do qual não falei no post anterior porque não é algo que me entusiasme particularmente na série, tem o seu quê de interessante. Principalmente se não estivermos em pulgas por saber o desenvolvimento dos plots principais.
Quando Chuck recebe o mail do Bryce e se torna o Intersect (a tal conversa das imagens codificadas que contêm informações confidenciais), a vida dele passa a ser muito mais que a Buy More. O seu trabalho ali passa a ser um disfarce para não levantar suspeitas sobre a sua real função como motor de pesquisa da CIA. A questão aqui, coisa que eu antes não tinha referido, é que não basta perguntar ao Chuck como vai estar o tempo no Dubai e ele responde automaticamente. São frases ou pessoas ou situações ou até tatuagens e cicatrizes muito específicas que desencadeiam uma reacção nas informações escondidas no cérebro de Chuck, que surgem sob a forma de flashes.
Como devem calcular, um cérebro possuidor de tais informações pode causar muitos males se cair nas mãos erradas e é por essa razão que, quando um agente da CIA destrói acidentalmente o computador de Chuck onde o mail ainda estava guardado, Sarah é enviada para proteger aquele que é o único possuidor de todos os segredos de Estado e yada yada. Como a NSA não quer ficar atrás (National Security Agency - e, afinal, não há dúvida que o bem-estar de Chuck passa a ser do interesse da Segurança Nacional), envia Casey. Visto que, não percebo bem como ou porquê, os interesses da CIA e NSA são comuns, Sarah e Casey acabam a trabalhar como parceiros, respondendo aos mesmos superiores e volta e meia a superiores diferentes.
Visto que ajudar o país a proteger-se dos terroristas e mafiosos é bem mais importante que vender electrodomésticos, parece-me normal que a vida na Buy More passe para segundo plano. São então aqui centrados muitos dos subplots da série, o que oferece ao espectador um contraste fabuloso entre as trivialidades de uma vida "normal" numa loja parecida a tantas outras e a vida agitada de espiões a enfrentarem perigos internacionais.
Os trabalhadores da Buy More são, no mínimo, peculiares. Entre uma taiwanesa (?) que é no seu conjunto um fetiche geek e uma criatura escanzelada que ora diz que é indiano, ora diz que é judeu, para não falar do chefe gigante e do homem que já tinha idade para ter juízo... Muita fonte de comédia há por ali! É também na Buy More que ocorre cerca de 70% do tempo de antena de Morgan... Morgan é o melhor amigo de Chuck e digamos que é o personagem que menos gosto na série. Ele é engraçado e não é feio, mas acho-o demasiado tudo para me cativar. Demasiado chato, demasiado needy, demasiado dependente, demasiado preso algures na pré-adolescência. Mas se vocês algum dia virem a série, logo tirarão as vossas próprias conclusões. Eu até o acho giro, no estilo geek fofo.
Passando à frente, outro subplot recorrente é a família de Chuck. Que neste momento se resume à irmã, Ellie, e ao namorado desta, Devon (ou Captain Awesome!). A mãe acho que os abandonou e o pai tem uma qualquer história estranha que aposto que ainda se vai revelar relacionada com espionagem. Ao contrário das histórias da Buy More, que às vezes entram em campos tão geeks e surreais que podem cansar, estes dois são sempre adoráveis. Ellie é linda, preocupada com o irmão, amiga do seu amigo... É super amorosa, não há nada ali para não gostar! Além de que o tipo de humor que proporciona é assim na onda do... adorável. Pois, é mesmo. É aquele sorriso/riso do "awww". O Devon... Bem, o Devon é awesome. Estudante de Medicina, giro, inteligente, todo bom, representante dos bons valores americanos, enfim, uma maravilha! Aquele vozeirão e o franzir de testa... Sem dúvida um personagem que era suposto ser bastante secundário e cuja presença conquistou o amor do público, dando ao actor um lugar no elenco fixo!
Estes dois mundos são o que faltava falar em Chuck. Não vos vou maçar mais, porque já há quem me acuse de só escrever sobre séries e assim não dá! Vou dizer apenas que me identifico com o Chuck porque também eu sinto que não estou a cumprir o meu potencial, pelo menos em termos profissionais, e acho que aparecer-me uma vida recheada de acção e agentes secretos era uma excelente solução! Sabem, se não desse para cair numa ilha com o Sawyer... Ao contrário do Chuck, eu não quereria voltar a ter uma vida normal. Normal is boring.
Ficam então aqui duas imagens espero que melhores, para não ter de ouvir gente a dizer que a Sarah não é assim tão gira (esta é para ti, D.!).
Parece que me calha a mim a doce honra de fazer o primeiro post de 2009! Mais um ano cheio de treta para enfeitar aqui este sotão que tão alegremente habito. Não querendo, apesar de tudo, agoirar o início do novo ano, enchi-me de vontade para falar daquelas personagens que, de forma crucialmente importante, fazem parte dos grandes clássicos da Disney. Quem são eles? Os nossos amigos Vilões!
Ah... como nós agora adoramos um bom vilão que ameaça o mundo cor-de-rosa dos heróis. Contrariamente a isto, quando éramos ainda uns pequenotes, dávamos tudo para que eles não aparecessem mais do que uma vez. Pelo menos, assim me contam, porque eu não me lembro de ter grande pavor aos mauzões. Lembro-me, sim, de colegas meus que saíam da sala, onde estavamos a ver o filme, nas alturas em que eles apareciam, mas o vosso Guess - versão reguila - foi sempre fiel àquilo que a Disney preparava para ele.
Quero apresentar-vos, então, o Top 9 dos Vilões mais horríveis e mais assustadores da Disney. E, com isto, refiro-me àqueles que ainda hojem metem medo aos mais novos. Nada daqueles malfeitores cómicos ou sempre estilosos e inteligentemente cooles, como o nosso grandioso Hades! Este top exclui também os parvónios e cabeças ocas, como o Gastão. Juntamente com ele, ficam de fora também aqueles vilões que, apesar de cometerem as maiores atrocidades possíveis de imaginar, não têm uma postura ou uma presença suficientemente evil para assustar os putos - por exemplo, o Ratcliffe da Pocahontas, que queria acabar com a raça dos Índios!
Sem mais demoras, aqui estão eles! Os Vilões mais Vilões. Aqueles que nos fazem fazer xixi na cueca. Os extraordinários...
9. SCAR (Rei Leão) O motivo pelo qual este grande personagem está em último é porque o nosso querido Scar está apenas a obedecer ao seu instinto animal. Ele é um leão! É suposto os leões lutarem uns com os outros para serem o rei da manada. Mas é melhor não me meter a tagarelar muito sobre os bichos, que a MJNuts ainda vem aqui corrigir cada palavra minha! Não importa. Scar, se este fosse outro género de top (o dos mais fixes ou coisa semelhante) estarias, certamente, com os primeiros. Ânimo!
Não encontrei vídeo mais curto que o pudesse apresentar.
8. A MADRASTA (Cinderela) Nesta casa encontramos uma senhora, que muitos ainda se lembram, que era a madrasta má da nossa querida Cinderela. O pai desta moça casou-se com ela e, pouco tempo depois, morreu misteriosamente, deixando a pobre Cinderela entregue aos cuidados desta mulher bastante evil, que a passou a tratar como uma autêntica escrava. Creio que a mim tocava-me imenso quando os Vilões eram humanos. Eram muito mais próximos da minha realidade, enquanto criança.
Perdoem-me por não ter encontrado a versão brasileira, mas terror pior sofri eu ao descobrir que já existe a Cinderela 3!
7. JAFAR (Aladdin) Encontramos, então, o Jafar que, por pouco, não deixava de constar neste top para se juntar ao Hades e a outros Vilões mais sarcásticos e cómicos. Apesar daquela trapalhada por detrás da sua elegância, ele tinha uma ambição terrível: queria a Lâmpada Mágica para se tornar no Sultão da Índia. Mais à frente, ainda deseja, estupidamente, tornar-se no Génio mais poderoso de todo o mundo. Pobrezito. Génios ficam na lâmpada.
Eis o momento que lhe dá lugar neste post. Quando se transforma naquela cobra gigante. Mais uma vez, nada em brasileiro.
6. FROLLO (O Corcunda de Notre-Dame) E aqui está mais um vilão humano. Este senhor fiel a Deus, capaz de tudo para salvaguardar os seus ideais bastante conservadores, típicos daquela época medieval. Ele mete tanto medo com o seu olhar possuído e com a sua vontade irracional de querer queimar toda a Paris só por causa de uma cigana. A verdade é que já não era a raça cigana o grande mal. Era o desejo ardente que ele sentia por aquela mulher e lhe custava suportar e admitir. Uma personagem muito bem construída.
Há partes do filme que põem mais em claro a sua grande maldade.
5. RATAGÃO (O Rato Basílio) Eis uma personagem não muito conhecida nos dias que correm. No mundo escondido dos ratos, existe uma ratazana nojenta e fedorenta que é o grande chefão da máfia. O seu plano diabólico? Construir um robô igual à Rainha de Inglaterra para simular a entrega do poder da monarquia a si próprio. Depois disso, adeus Rainha. Não, ele não está a tentar fazer frente a uma senhora da realeza. Passa-se tudo no mundo paralelo dos ratos, que é, em tudo, semelhante à vida londrina. Muito bem construída a realidade, por acaso. A sério, esta ratazana é mesmo cruel e diabólica e tem sempre uns golpes bastante sombrios.
Viram no vídeo a Gata dele, que come os seus ratos inimigos? Muito creepy!
4. A RAINHA (Branca de Neve) Toda a malta sabe quem é esta malvada clássica da Disney. O seu motivo para matar a Branca de Neve não era o mais plausível - queria ser a mais bela do Reino -, mas não importa. Tinha todas as motivações para ficar marcada como uma grande mázona. No entanto, por mim ela ficava colocada mais atrás na tabela, mas não podemos negar que ela é como que a raiz do mal da Disney. Merece algum crédito por isso.
O momento de transformação. Não encontrei vídeos dela mais para o fim do filme, quando está desesperada a tentar empurrar uma pedra pelo precipício abaixo. Ela aí está bastante mais assustadora.
3. CRUELLA DE VIL (Os 101 Dálmatas) Cá chegamos aos 3 primeiros deste top. E quem mais é digno para ocupar um deles, se não a famosa Cruella De Vil? Meus caros amigos, esta mulher é terrivelmente assustadora. Como se não bastasse estar completamente obcecada por exterminar a ninhada de cachorrinhos de uma quase amiga para fazer casacos de pele, ela é também doente da cebeça. A mulher é completamente chanfrada e diabólica. E eu adoro-a por isso!
Ela em brasileiro tem uma voz mais assustadora.
2. ÚRSULA (A Pequena Sereia) Em 2º lugar temos a grandiosa, a esplendorosa, a maravilhosa Úrsula! Não me venham dizer que não tinham medo deste bicho quando eram pequenos, porque eu não acredito. A Úrsula era má, era gorda, tinha uns tentáculos horripilantes, uns olhos brilhantes e assustadores e estava sempre em cantos escuros nas profundezas do oceano. Uma vilã à séria e com inteligência! Soube exactamente como articular o seu plano para tramar a estúpida e BURRA da Ariel para chantagear o Rei dos Mares - o Tritão - e poder tornar-se ela a Rainha. E conseguiu! Ela foi a maior! O problema é que o seu destino, que a Disney traçou, terminava com a morte. Tiveram que se livrar dela, espetando a ponta de um navio na sua barriga. Malditos sejam! Ela era demasiado poderosa para morrer dessa forma!
Vai Úrsula, vai Úrsula!
1. MALÉVOLA (A Bela Adormecida) E em primeiríssimo lugar está a Malévola, a vilã do filme baseado na grande obra de Tchaikovsky. Ela é sensual, ela é elegante, ela é discreta, calma, silenciosa e, aparentemente, inofensiva. Mas é tão má, tão má, tão má, que até custa olhar. É a versão feminina de Satanás (até os chifres ela tem!). Guardando rancor por ter sido banida do reino, amaldiçoa a filha da realeza com um feitiço que resultará na sua morte aos 16 anos ao picar o fuso de uma roca. Esta feiticeira tem um poder e uma força fenomenais. Consegue controlar as pessoas, consegue aparecer onde quer, surgir em forma de uma luz, espalhar energias negativas, ela consegue tudo! E mete tanto medo... Para além do mais, ainda consegue transformar-se num dragão gigante! Sim, a Malévola era a única vilã que me conseguia dar pesadelos há uns anos atrás. Parabéns. És a maior.
Só te faltava uma música tão boa como a da Úrsula. Tu não tens nenhuma.
É tudo, meus caros. Muitos de vós devem discordar com a ordem acima enunciada, mas os nossos medos são pessoais.
Guess P.S.: Pena os vilões morrerem todos de formas todas elas muito pouco dignas para aquilo que eles são.