Thursday, May 27, 2010

You Suck, Lost Ending!

Tenho desde já a avisar que este post vai conter palavras potencialmente menos simpáticas e não é improvável que me saiam, literalmente, caralhadas dedos fora. Peço desculpa aos leitores mais sensíveis.

O meu amor por Lost é conhecido por qualquer pessoa que conviva comigo, mais ou menos, e suponho que pelos leitores deste estaminé. Já me pronunciei umas quantas vezes sobre a série, ao ponto de a certa altura ter ponderado criar uma prateleira só de Lost, em vez de pôr os posts sob a prateleira Televisão.

Comecei a ver a série na 2ª temporada, na televisão. Depois pedi os DVDs da 1ª temporada emprestados e, a partir daí, segui tudo direitinho via download conforme ia dando na televisão americana. O meu amor era tal que muitas das legendas disponíveis online da 3ª temporada têm o meu nickname (não este, o nirky). O meu amor era tal, que paguei do meu bolso os packs das temporadas. A minha paixão assolapada durou 3 anos, até que chegou aquele desastre que foi a 5ª temporada. Desastre para mim, acho que nas internetes os fãs andavam todos histéricos de felicidade. Eu peço desculpa, mas pessoas bonitas presas nos anos 70 (depois de aborrecidíssimos episódios de infinitos saltos temporais) e a vestir fatos macaco não encaixam na minha definição de boa televisão. Já nem me lembro dos flashes fora da Ilha... Era o quê? Flashforwards à mesma? Não interessa. Basicamente foi na 5ª temporada que comecei a achar que os argumentistas não sabiam a quantas andavam e estavam a enveredar pela estratégia de confundir os espectadores de tal forma que nós íamos deixar de tentar entender e simplesmente engolir tudo o que o ecrã estivesse a oferecer-nos.

O final da 5ª temporada foi, para mim, o pior dos finais de qualquer season de Lost. A óbvia e claramente fabricada-para-o-propósito falta de cérebro dos personagens foi-me quase intolerável. O Jack tem razão, o Jack não tem razão, vamos mandar uma bomba atómica pela escotilha abaixo, não vamos, festa, yey! Pah, fiquei de tal forma estúpida a olhar para o ecrã que quando aquela coisa apareceu branca em vez do habitual preto, queria mandá-los todos à merda e não queria saber mais da série para nada. Aliás, a única coisa positiva que a 5ª temporada ter sido uma desgraça teve foi o facto de assim a espera de sabe-se lá quantos meses não me ter custado nada. Tanto não me custou, que quando Lost voltou nem me dei ao trabalho de ver, deixei andar.

Das duas vezes que tentei ver o 6x01/02, adormeci. Lá desisti e siga lá o 6x03 então. A partir daí, apesar de ser notório que Lost já tinha conhecido os seus tempos áureos, não achei muito mau. Alguns episódios foram bons, outros nem por isso (achei aquele do Richard uma seca descomunal, gabem o que gabarem as internetes; e o episódio do Jacob?! what the hell, people? tanta coisa para AQUILO?!? fuck you, Darlton). Aquela realidade alternativa dos flashes era amorosa, dava para rever personagens há muitos perdidos (ah, pun!) e eu gosto sempre daquela sensação de os ver cruzarem-se na vida uns dos outros.

E portanto dia 23 de Maio lá chegou o dia fatídico... Último episódio de Lost de todo o sempre. Eu já sabia que muitas coisas iam ficar por explicar, mas tinha esperança que, dessem eles a volta por onde dessem, a coisa me fosse agradar.

SPOILERS AHEAD

Não contei que o meu Jack!hate me fosse arruinar a experiência. Isso entre outras coisas. Não me vou sequer pronunciar sobre o facto de Lost ser das séries mais descaradamente misóginas dos últimos tempos: as mulheres servem para esposas, grávidas, interesses amorosos ou prémios de macho. Nunca liguei a isso por aí além, não vou fingir agora que ligo. Mas é que se fossem só misóginos... Não. As fundações de uma série inteira estão nos ombros de um personagem (e desculpem-me, mas preciso de inglês) egoísta, self-righteous, mimado, obnoxious, dogmático, obcecado por "corrigir" coisas e incapaz de aceitar visões diferentes da sua. Eu nunca gostei do Jack. Eu odeio o Jack. Mas assim com muita força, como nunca odiei personagem nenhum e duvido que volte a odiar, porque seria preciso o meu coração estar muito investido noutra série para originar sentimentos tão fortes. Aquele ser causa-me tal asco que muitas vezes nem os mil gozos e brincadeiras que há sobre ele por aí me fazem tolerar mais a sua existência.

Não consigo suportar ter chegado ao fim de 6 temporadas de Lost e ter um fim em que o Jack foi personagem centralíssimo e todos os seus defeitos pareceram ficar perdoados. Não basta a irritação de a realidade alternativa ser um limbo onde todos se encontraram após a morte, para poderem seguir juntos para onde quer que seja, ainda tive de ESPERAR que o menino Jack se deixasse das suas cientifiquices antigas (sim, porque na Ilha, ele já era todo fé e poder da Ilha e o camandro, mas na realidade alternativa era o idiota do costume) e se juntasse aos seus amigos dentro de uma Igreja para poderem seguir alegremente com a sua morte.

ARGH!

Eu até estava a gostar do episódio. Pelo menos da primeira parte. A coisa estava claramente a apelar à lagrimita, com tanta reunião e lembrança e flashes da 1ª temporada. Eu gostei disso tudo, não sou insensível. Passei 5 anos da minha vida com aquelas personagens, apeguei-me a elas. Gostei de rever a Shannon e o Boone, fiquei super feliz quando a Kate se lembrou da Ilha por causa do parto da Claire (esse momento que acabou por ser crucial no processo da sua redenção), adorei a parte dos coreanos e ver o Locke ser o Locke deixou-me mais emocionada do que eu esperaria, visto que nunca morri assim de amores pelo personagem (apesar de, obviamente, o preferir ao Jack).

Anyway, quando de repente, DUAS TEMPORADAS E MEIA depois de Jate (Jack+Kate como casal) estar morto, a rapariga se põe toda chorosa a dizer que o ama e ele que a ama a ela, EU MORRI! Estava já muito ciente que não fazia grande sentido ela ficar com o Sawyer e nem queria saber, mas estava super feliz com a cena de ela finalmente se ter tornado independente do triângulo e ter encontrado o seu caminho através do Aaron e do que foi ter sido mãe dele. Para mim, isso seria um fim digno para a Kate. Mas nãoooooo! Bota Jate ali, mesmo que tenham passado SÉCULOS e que não faça sentido nenhum! Porque se para a Kate ainda faz, que coitada, apanhada na rede da misoginia Lostiana, passou à vontade três quartos dos episódios todos a ser bola de ténis entre raquetes de machos, para a história do Jack, ficar ou não ficar com a Kate NÃO FAZ SENTIDO NENHUM! É perfeitamente indiferente! A história dele não é redenção amorosa, caralho!! A história dele é aprender a não ser teimoso, a confiar mais nas pessoas, a deixar-se ir, a ouvir os outros, a ter fé!

E bem, quando Jate aconteceu, o meu cérebro clicou para outras coisas... E senti-me despeitada e irritada com as insinuações redentoras que a série estava a espetar na minha direcção. Ora portanto... O Jin e a Sun fazem todo o sentido juntos, porque sempre foi assim. Ninguém duvida da Penny e do Desmond, também. Mas a minha tolerância amorosa acaba aqui. Nunca me senti tão solteira na minha vida! O amor da vida do Sayid era a Nadia, foram buscar a Shannon para ele se lembrar. O Hurley deve ter contracenado com a Libby uns quê? 40 minutos d0s 5082 que as 6 temporadas têm no total e ele lembrou-se por causa dela?! E depois a Claire com o Charlie, o Faraday com a Charlotte, o Sawyer com a Juliet... Foi para ali um love!fest que me estava a fazer contorcer as entranhas.

Peço desculpa se soo amarga, eu até sou fã do amor. Mas cada vez mais me irrita esta obsessão social do amor como o novo Messias e que sem ele a nossa vida não faz sentido. Amor é muitas e demasiadas coisas, mas a Vida é mais que isso. Ou antes, não é mais que isso, mas há amor em várias formas e, às vezes, há coisas mais importantes. Às vezes há valores e causas que se levantam acima disso. Sinto-me francamente triste que, com tanta personagem, tenham ido escudar-se em relações amorosas muitas vezes inconsequentes para o panorama geral da série para sustentarem aquele final. Acho a amizade entre Hurley e Charlie muito mais forte que o que um teve com a Libby e outro com a Claire. Acho que o Jack passou pelo menos quatro seasons a preocupar-se com mais coisas do que com a Kate (fucking chauvinist pig, anyway) e, sinceramente, tive dificuldades em perceber como raio é que ele não se lembraria com toda a situação do Locke - que até foi o story arc dele na realidade alternativa, for fuck sake! Bem, suponho que deve ter sido por isso que até foi o Locke quem mais me emocionou, talvez associado ao facto de pelo menos o corpo dele não ter acabado a trazer-nos recordações felizes.

E bem, comecei a escrever este post há dois dias e entretanto passou-me a mega irritação, por isso não há muito mais que possa dizer.

Não odiei o último episódio, mas acho que foi uma espécie de cereja no topo do bolo (pelo lado negativo) de duas temporadas fracas que não souberam alimentar a magnificência geral das quatro temporadas anteriores. Não senti o último episódio como fim da série, mas sim como fim de uma temporada em que se resolveu que nada mais importava a não ser a eterna luta Bem vs Mal, Luz vs Escuridão e os personagens foram colocados sob esse panorama.

Muita gente me diz que no fim o que importa são os personagens, mas a verdade é que os personagens passaram a ser uma sombra deles próprios na season 6. O Locke é o exemplo óbvio, já que nem Locke ele é, e o Sayid o segundo exemplo mais óbvio. A Claire é outro exemplo óbvio. E o Ben, que vira um paneleirote ao ponto de as internetes ficarem histéricas no UM episódio em que ele volta a ser psicopático (é errado eu ter ficado feliz?) também é exemplo óbvio. Mas não são só eles. A Sun passou a temporada a ser cenário, com quase nada para dizer ou acrescentar. A Sun, que era uma personagem fascinante e cheia de nuances e camadas. O Jin sem a Sun não é grande coisa porque ela, visto antes ser a única que falava inglês, era a força motora do casal. O Hurley... Sinceramente, achei-o menos fofinho e humano esta season. Fora da Ilha não (aka realidade alternativa), mas na Ilha, com tanta desgraça e tanto falar com mortos, já me andava a irritar. O Sawyer foi reduzido àquele personagem que a audiência adora e que vocaliza a opinião do povo. Sim, foi bonito quando a Juliet morreu e ele a chorar quando falava com a Kate. Mas foi só. E não me venham com conversas do golpe que ele tentou dar ao Smokie e ao Widmore porque isso, por pura preguiça e incoerência de argumento, foi reduzido ao ponto de ridículo num espaço de um ou dois episódios. A Kate confesso que até não esteve mal na season 6, pelo menos viu-se a gaja badass que nos foi prometida na season 1 e que passou a I'm-here-to-look-pretty-and-be-the-guys'-sidekick nas 4 temporadas seguintes. O Desmond não esteve muito mal... Mas odiei o que o puseram a fazer no último episódio, como foi usado como peão descartável. Achei desrespeitoso para um personagem que é, indubitavelmente, uma das melhores coisas da série e protagonista de alguns dos melhores episódios (o fim da season 2 e o The Constant vêm à mente). O Jack foi o Jack, não é? Passou de homem da ciência para homem da fé, mas fê-lo mantendo-se o cabrão teimoso e egoísta do costume.

Agora que penso nisso, e tristemente o admito, o Jack foi a única coisa coerente e bem estruturada de 6 anos de Lost. Uma pena que eu não possa com ele. Ter-me-ia tornado mais cega às infinidades que falharam gritantemente.

Não vou retirar a importância que Lost teve na minha vida. Os muitos momentos emotivos a ver episódios, a tensão, a procura de respostas, as discussões. Não vou esquecer as pessoas que me fez conhecer ou de quem me aproximei por ter a série em comum. Sim, Lost fez parte da minha vida e teve papel de destaque na minha vida cultural. Acompanhou-me ao longo de 5 anos. Esperei pela série, segui-a semana a semana, li reviews, debati. Não é a minha série preferida, porque Futurama é tão bonito e está tão lá em cima, mas vinha em 2º lugar.

Mas parece-me a mim, depois deste último episódio, que por toda a importância que Lost teve para mim, não era tão importante que, na hora de ter de me despedir de personagens a quem me apeguei emocionalmente, me conseguisse desligar das reais estupidezes a destilarem diante dos meus olhos.

E isto só é mau para mim, por isso deixem-me sentir a minha dor e não me tentem convencer que foi um bom final. Não foi.

Fiquem com o vosso luto de se terem de despedir de uma série que acompanharam durante anos, de terem de dizer adeus às personagens.

Eu tenho de fazer o luto disso tudo e ainda de ter deixado uma série partir-me o coração por não estar à altura do que esperava dela.

MJNuts

17 comments:

Duriel said...

Para te consolares vai ver Chuck. Também já acabou esta season, e acabou bem!!! Por mim podia ter acabado aqui a série =) Mas renovaram por mais uma!

Pintas nos Olhos said...

Ok Twin deixo-te em paz. Compreendo e respeito.

Anonymous said...

Vá, vá, já passou.

Para ser honesto, o menos provavél era conseguirem acabar perfeitamente bem, depois de tudo.

Dora said...

Gostei muito, muito, muito do texto.
Couldn't agree more...

Dora said...

Queria enviar-te um mail mas não aparece o teu endereço-
Deixo-te este link: http://www.slashfilm.com/2010/05/25/votd-lost-alternative-endings-and-unanswered-questions/

To said...

Que raio de final, tira a rolha, põe a rolha?? lol

Eu a partir da segunda temporada passei a gostar bastante menos de Lost. Só deu para conhecer a Nirky e pouco mais :P

A série evoluiu para aquela coisa de andarem sempre aos tiros por tudo e por nada. Estas coisas americanas de "pera aí que não gosto de ti, vou-te dar um TIRO" fazem-me uma confusão tremenda na minha mente simples. Fogo, uma série de culto e que originou tanta teoria, tinha sempre aquela merda?

Por isso é que depois neste final, nesta relembrança dos momentos passados, aproveitaram muita coisa apenas da primeira season. Porque o resto foi "lixo". A única parte bonita de todas as temporadas foi o namoro do Sawyer com a Juliet, faziam um par bonito e apaixonado, e tiveram uma separação bastante forte emocionalmente e tiveram um encontro bastante bom.

Ao longo das temporadas, os autores apenas responderam às coisas que a "comunidade web" falava mais. Deram umas cenouras e depois no fim esta xaropada.

É discutível, mas para mim, melhor actriz foi a Sun, actor o Sayid.

Morcegos no Sótão said...

@Dora Obrigada pelo link, achei o máximo!xD

@To Deixaste-te de Lost? Tu? Custa a crer.lol Acho que melhores actores sem dúvida o Michael Emerson e o Terry O'Quinn, bolas! Reis e senhores daquilo! Melhor actriz não sei, mas acho que poria a Elizabeth Mitchell antes da Yunjin Kim... Mas as personagens femininas de Lost tendem tanto a roskoff que não se percebe bem o talento das actrizes.

MJNuts

André Pereira said...

Sabes que te adoro, mas achei este post um churrilho sem nexo de angst pós Lost.
Gostos não se discutem, está claro, mas criticam-se.
Tal como tu, sou fã de Lost há anos quando papei a primeira temporada num só fim-de-semana. Melhor que sexo, na altura, claro.
A série teve altos, baixo e momentos mornos, mas conseguiu manter um nível de qualidade, que nunca nenhuma outra conseguiu?! Manteve o espectador agarrado! Com o quê? Com os mistérios da ilha, mistérios esses que todos queriam ver respondidos, mas claro, se eles os respondessem os fãs das internets ficariam desagradados. Tal como ficaram desagradados com este final.
Deixa-me perguntar-te, percebeste o final? Percebeste a sexta temporada? Tiveste atenção aos pequenos detalhes? Diálogos, simbologia e deja vus?
A bomba da quinta temporada não funcionou, julgo eu, mas sendo uma bomba atómica e eles terem continuado vivos só pode querer dizer que nada aconteceu. Não os projectou para outra realidade.
A partir do momento que o avião passa a turbulência e aterra, eles já estão mortos. Acontece que eles esqueceram-se da ilha e dos seus amigos e vivências. O facto de eles ganharem as memórias aquando situações de morte, como o asfixiamento de Charlie no avião(btw, ele morreu afogado...) ou em situações de vida (Aaron, ecografia da Sun) não é coincidência. Ligações!
Se o episódio foi uma love fest? Sim, mas de amizade, lembranças porque finalmente lembraram-se de todos. Em relação ao Sayid, claro que o amor dele era a Nadia, mas na ilha ele conheceu a Shannon e esqueceu a outra. O Hurley, por ser o Hurley nunca teve uma namorada, daí a terrível importância da Libby.
O evento da igreja, repara bem nos símbolos nos vidros e relíquias, foi um local Hurliano, passo a explicar. O Hurley como ficou o novo Jacob, pode agora fazer as coisas à sua maneira, como o Ben lhe aconselhou. Daí ter criado aquele "purgatório" (odeio esta palavra), para que todos se pudessem juntar e partir, não partir como disse o Christian (repara bem no nome dele, Christian Shepard, rings a bell? :D), mas avançar.
Todos ali na igreja estavam mortos, uns antes de Jack (Boone, Shannon, etc) e outros muito depois dele (Kate, Sawyer que escaparam de avião da ilha e o Hurley e Ben, que se calhar, ficaram séculos na ilha!) Não temos uma cronologia certa.
Cada um regressou a sim, brilhante a representação de Terry O'Quin como Locke e MiB, uma pessoa repara nas diferenças. E assim, partiram. (Ben ficou porque tinha coisas a prende-lo, a mãe da Alex e a Alex).
Se a série foi um Jack Fest? Yeah, mas desde o início que se sabia e o facto de ter acabado exactamente como começou, o ténis já podre na árvore, o Vincent a aparecer, o avião a escapar e o olho a fechar - génio!
A série terminou num ciclo perfeito! Os mistérios da ilha? Lá continuam para os próximos azarados que lá caírem.
A última frase do episódio foi do Locke, "we were waiting for you", porque Jack estava no efeito Sexto Sentido, quando o Bruce Willis não sabe e recusa admitir que está morto. Daí ele ter sido o último a chegar.
Foi neste mar de memórias, reencontros e partidas que Lost terminou, Lost moved on, and so should we.
Quem esperava respostas, admito que tenha razões para fazer drama, quem queria um fim, teve-lo e em grande!
Mas que discurso que fiz... bem, agora espera pelo Blu Ray que vai ter mais 20 minutos extra.

Maria, I'll see you in another life, brother. Get it?

**

Morcegos no Sótão said...

Embora o teu comentário me tenha feito ficar um bocadinho menos triste com o final, há algumas coisas que quero apontar...

Não acho que aquele limbo que foi a realidade alternativa tenha sido criado pelo Hurley. Sim, a mãe do Jacob, o Jacob, os seus sucessores têm, de alguma forma, poderes suprahumanos relacionados com a Ilha, mas nunca foi sequer dado a entender que eram Deus ou algo equivalente. Alguém a ser Deus ali, seria a própria Ilha.

O Hurley, quando chegou a sua hora, morreu tão naturalmente como todos os outros e não criou coisa nenhuma para mais ninguém.

O limbo foi criação pura dos argumentistas para dar uma conclusão às personagens, juntá-los uma última vez para seguirem juntos com as suas... uh, mortes. Pós-mortes? Whatever. Claro que o Jack tinha de ser o teimoso em denial do costume e atrasar o processo, né? Vida a minha. --'

Também não concordo com o facto de dizeres que o Ben ficou no limbo por causa da Alex e da Rousseau. Agora que o referes, isso até pode ter pesado na sua decisão, mas o que me pareceu a mim foi que, quando ele se lembrou e viu tudo o que fez, as pessoas que magoou, matou e manipulou, e sendo o limbo uma espécie de "purgatório", ele achou que o seu processo de redenção ainda não estava completo e que não merecia seguir com os outros... A meu ver, foi das coisas mais bonitas do episódio.

E é isso, por ora.

MJNuts

André Pereira said...

Concordo com a parte do Ben, tens toda a razão. Mesma razão pela qual a Ana Lucia, Michael e Walt não estiveram presentes.
Mas a cena do Hurley é bastante plausível, ora vê lá, o Jacob tinha vivido durante séculos - deve ter sido aquele ritual da água - o hurley também passou por isso. O Hurley era o novo Jacob e o Ben, o novo Richard.
"Dude, you were a great number two"
"And you were a great number one, Hugo". Só isto fez-me soluçar que nem puto, porque demonstra a relação que tiveram durante anos na ilha.
Hugo pergunta a Ben como levar o Desmond para casa, se ninguém podia sair da ilha, ao qual Ben responde que isso era a maneira antiga de Jacob, que ele poderia ser diferente. Y voilá :D

Morcegos no Sótão said...

Concordo que tenha sido bonita, a relação que o Ben e o Hurley terão tido durante o reinado deles na Ilha.

E o facto de o Hurley ter sido mais mentalmente equilibrado que o Jacob e ter tornado a Ilha menos freaky e ter permitido as pessoas entrar e sair, não significa que fosse tão poderoso que criase um purgatório inteiro, caramba!! Isso recuso-me a aceitar.

MJNuts

Dora said...

Meus queridos, vocês fazem copy paste e compilem isto num texto e postem.
Adorei ler...Blaze gostei muito do teu ponto de vista.Acho que era importante mais pessoal ler-vos.
A sério postem o texto completo em ambos os blogues.

Pintas nos Olhos said...

Blaze obrigado por dizeres tudo isso. É exactamente o que penso, sem tirar nem pôr. Alias a Maria já o sabe porque já o disse.

Também eu e ela tivemos uma serie de diálogo por comentário sobre o final. Diálogo esse que apresenta duas perspectivas tão diferentes do final, que por isso mesmo surgiu precisamente a ideia que a Dora comentou. Fazer um post desses nossos diálogos. Não por querermos mostrar a nossa opinião mas por ser talvez uma forma diferente de comentar um final de uma série em jeito de review. Como mostramos dois lados, as duas formas de ver as coisas, quem o lê-se talvez tirasse partido disso de melhor maneira, chegando ás suas conclusões.

A Dora não poderia concordar mais com a Maria, mas ao ler o diálogo terá visto certamente as coisas de outra maneira com um contra-balançar das duas partes.

Reforço de novo, concordo mesmo com tudo o que disseste. Disse exactamente o mesmo à Maria!

Dora said...

A Dora é fixe, a Dora é fixe, a Dora é fixe!Eheheh!

Quando fizerem isso, peço-vos autorização para pôr um link da minha página para este texto. Pode ser?

Morcegos no Sótão said...

LOL Já estou em conversações com o Blaze e a Pintas sobre a execução desse post. :P Claro que o podes linkar! Aliás, visto que são eles 2 contra mim, melhor ainda era se fôssemos nós 2 contra eles, que achas? Temos de organizar aqui qualquer coisa...

Anyway, vou pôr link para o teu blog nos meus Sótãos Amigos. ^^

MJNuts

Dora said...

Acho muito bem porque linkei-te de manhã :-)
Eu não suporto mais a teoria um do que do outro. Eu quero é esse texto porque acho importante para "sossegar" o pessoal. Gostei dos dois :-)

André Pereira said...

O Blaze adora a ideia e vai fazer isso mesmo e talvez elaborar melhor.
O Blaze adora a Maria, apenas lamenta o facto de ela não ter gostado do final.
O Blaze está cansado :(