Friday, February 29, 2008

Guiness and Bullets

STOP THE BULLETS.
Kill the gun .




e este vai pela piada e pelo esforço de produção:

Tipping Point




Giovanna
com agradecimentos ao Silent por me mostrar estas coisas

Monday, February 25, 2008

Noite de Óscares (80ª Edição)

Mais um ano, mais uma cerimónia. A 80ª cerimónia dos Óscares decorreu ontem à noite exclusivamente na TVI. Normalmente, quando associamos Óscares e TVI o resultado que dá é o pavor aos comentários terríveis e inoportunos dos comentadores. No entanto, este ano parece que lá foram mais prudentes e, do pouco que falaram, não foi de todo absurdo e evitaram falar por cima do apresentador (yey!).

Não reparei de todo nos vestidos. A Nicole Kidman estava com um vestido preto elegante mas com um colar que mais valia ter ficado em casa. A Reneé estava com um corte de cabelo tão estranhamente curto que não consegui sequer reparar no vestido que trazia! O nosso querido Viggo Mortensen estava super charmoso e o Johnny Depp estava com os óculos circulares e um bigode discreto (engraçado!). Havia umas quantas mulheres grávidas (decidiu tudo ter filhos assim muito de repente, vá-se lá saber porquê) e, portanto, havia imensos vestidos que favoreciam as barrigas redondas das actrizes.

Devo confessar que não vi todos os filmes premiados (até porque uns nem estrearam), mas vi o suficiente para ter os meus preferidos. Portanto, aqui vai a lista dos vencedores mais importantes com alguns comentários adicionais:


Melhor Filme - No Country For Old Men parece ter agradado à Academia por uma razão que desconheço. Não vi o filme e não estou muito tentado a vê-lo (parece-me repleto de personagens aborrecidas). Oh well, pode ser que me surpreenda.

Melhor Realizador - mais uma vez, No Country For Old Men dos irmãos Coen.

Melhor Actor - Daniel Day-Lewis em There Will Be Blood (só esperemos que o Johnny Depp não estivesse à espera que fosse desta com o Sweeney Todd. Terrivelmente vingativo, não haja dúvida, mas não o suficiente).

Melhor Actriz - Marion Cotillard pela sua, aparentemente, brilhante interpretação de Édith Piaf em La Vie En Rose (desejando que o filme chegue a Portugal). A Ellen Page no papel de Juno, no filme com o mesmo nome, estava excelente, mas acredito que Marion Cotillard tenha merecido.

Melhor Actor Secundário - Javier Bardem em No Country For Old Men, onde o seu papel, pelo pouco que tinha visto, me parecia mais principal que secundário. Aqui, o meu ódio pelo filme veio a agravar-se por ter roubado o óscar desta categoria ao Casey Affleck que estava genial n' O Assassinato de Jesse James Pelo Cobarde Robert Ford.

Melhor Actriz Secundária - Tilda Swinton em Michael Clayton. Gosto muito da mulher, mas gostava que tivesse ganho a Cate Blanchett. Pelo que dizem, é a melhor interpretação do Bob Dylan no filme I'm Not There.

Melhor Argumento Original - Juno (yey!)

Melhor Argumento Adaptado - No Country For Old Men, o grande vencedor da noite.

Melhor Animação - Ratatouille (não o achei assim nada de especial. Não percebi porque fizeram tanta conversa à volta do filme. Ouvi ainda alguém dizer que poderia ser um dos próximos clássicos da Disney! Yeah, right.)

Melhor Filme Estrangeiro - The Counterfeiters(uma perfeita estupidez O Escafandro e a Borboleta não ter sido sequer nomeado!).

E pronto. Sweeney Todd ganhou apenas o óscar de Melhor Direcção Artísica. O Atonement ganhou a Melhor Banda Sonora e aproveito desde já para mostrar o meu descontentamento pelo facto de o Into The Wild não ter sido sequer nomeado para os Óscares na categoria de Melhor Música Original, tendo-se ficado apenas por uma nomeação nos Globos de Ouro (e com tantos grandes temas que o filme tem).

Mais uma coisa: achei que a categoria do Melhor Guarda-Roupa este ano apresentava uns nomeados bastante promissores. Ao que parece, dinheiro não falta para apostar em força nesta área! Ora aqui estão os nomeados:

Across The Universe,
Atonement,
Elizabeth,
La Vie En Rose,
Sweeney Todd


Despeço-me com uma apresentação que a Academia preparou que anuncia todos os vencedores da categoria de Melhor Filme em todas as 79 edições:



Guess

Monday, February 18, 2008

Break-Up, Life-Changing, Mood-Lifting Songs

Bem, o mês passado falhei nas minhas responsabilidades para com a rúbrica musical do Tretas, por isso este mês vem mais cedo... Em Dezembro fiz alguma? Já não me lembro e não apetece ir ver, procurem vocês, se quiserem.

Portanto... Nós na vida temos inúmeras fases e há algumas que implicam mudança ou que nos dão vontade de o fazer. A música, como em tudo, está presente nesses momentos. E por isso há excelentes canções que nos impulsionam a tomar uma atitude e chegam mesmo a ser decisivas no que fazemos... Digo eu. Ou pelo menos em como lidamos com as situações.

Aqui vai uma lista de boas músicas para as mais variadas circunstâncias. Eu aponto o diagnóstico para vos facilitar a vida. Perdoem-me os vídeos não serem sempre os melhores, mas é que a maior parte das músicas não são singles e poucas são conhecidas pelo público em geral.

1. Glen Hansard - Leave - break-up song, para mim uma das melhores que já ouvi. Porque às vezes o melhor é largar em vez de arrastar...
2. Eddie Vedder - Long Nights - uma das minhas preferidas da banda sonora de Into the Wild. Sobre aqueles momentos de epifania que todos temos volta e meia...
3. Maria Rita - Não Vale a Pena - break-up song. Para evitar recaídas...
4. Voltaire - When You're Evil - Melhor. Música. De sempre. Para quando se está raivoso e com vontade de distribuir pancada ou coisa parecida. Dá voz aos nossos instintos maléficos e ainda nos faz sentir felizes por eles.
5. Yann Tiersen & Dominique A - Monochrome - para não nos esquecermos que a vida não precisa de ser monocromática...
6. A Camp - Song for the Leftovers - um brinde a novos começos...
7. Pearl Jam - Alive - se esquecerem um pouco as lyrics obscuras e se concentrarem no refrão... Energia muito positiva a fluir! Por muito profunda que seja a fossa em que estamos, estamos vivos!
8. Alanis Morissette - You Oughta Know - break-up song das furiosas... Assim a esfregar a raiva na cara do alheio. Faz parte, faz parte.
9. Sonata Arctica - Lost Drop Falls - de novo, às vezes custa a largar, mas tem de ser...
10. Hoku - Perfect Day - uma canção cheia de energia e moral, que toda a gente deve conhecer.

E pronto, aqui estão elas. Boas moods para todos. Ah, o Inverno...

MJNuts

Thursday, February 14, 2008

Fallen Art

by Tomasz Bagiński
Polónia, 2004

BAFTA Film Award 2006: Best Short Animation
Golden Horse Film Festival 2005: Digital Shorts - Grand Prix



(posted by Giovanna)

Wednesday, February 13, 2008

Caracterizando-te...

Penso que o teu "Caracterizem-me!" é o terceiro post neste estaminé, entre eu e tu, em que se devaneia sobre o sentido da vida, num eterno paralelo entre o que nos parece melhor, mais interessante, mais real e o percurso que é normalmente definido como o padrão da sociedade.

Tudo na vida é uma questão de perspectiva. O denominado "padrão da sociedade" é padrão, porque, efectivamente, uma larga maioria de pessoas sonha ter uma carreira ou uma família. Afinal de contas, temos que nos sustentar, porque para o bem ou para o mal, sem dinheiro pouco ou nada há. A não ser que se viva como eremita, confiando apenas na Natureza.

Não é que essas pessoas estejam erradas. Com certeza deve haver um imenso fascínio na criação de uma família. Construir uma relação, um lar, ver os filhos crescerem, assistir ao Ciclo da Vida versão seres humanos. Também acho bastante interessante ver alguém dedicar-se de corpo e alma a uma profissão. Sei lá, ser médico, salvar vidas. Construir uma empresa e coleccionar dinheiro. Ser professor a vida toda e inspirar miúdos.

São opções. Que, talvez felizmente, servem à maioria das pessoas.

Essas personalidades de que falas são... magnéticas, por um motivo ou por outro. Mas não esqueças que muita vezes coragem se mistura com loucura e irresponsabilidade.

O Alexander Supertramp, do Into the Wild que também muito me tocou (embora creio que por motivos diferentes...), era um revoltado. Cresceu produto dos pais que tinha e das mentiras por eles criadas. Refugiou-se nos livros e deles retirou um sentido de rectidão rígido que o fez procurar a verdade, não nas relações humanas, mas no mundo selvagem. O Alexander Supertramp passou anos de um lado para o outro no país enorme que são os Estados Unidos da América, conheceu pessoas e esteve sozinho, correu perigos e enfrentou ameaças, apenas para no fim concluir com a sua experiência que a felicidade só é real quando partilhada, que o perdão que não dava aos seus pais o tornava também a ele vítima das mentiras que condenava, que as coisas devem ser chamadas pelos nomes e que ele era Christopher McCandless, não Alexander Supertramp. O Alex foi um alter-ego, que era ele também, mas era um ele que fugia.

O Toby do Transamerica partiu sem qualquer rumo e objectivo e teve sorte, podia ter-se habilitado a sofrer muitos revezes. É, de todos os que mencionaste, o pior exemplo a seguir. Entre prostituto e estrela porno, deu para ver que acima de tudo, ele era apenas um miúdo perdido, desesperadamente à procura do sentido de pertença.

O Patrick Braden, por fim A Kitten, do Breakfast on Pluto era uma sonhadora. Quase utópica, o que a tornava uma delícia de pessoa. Percorreu mundos pavorosos, de uma certa quantidade de degredo humano, mas manteve um encanto de petiz. Vivia no seu mundo pessoal, que a protegia dos males de fora. Nasceu no corpo errado e lutou pela sua identidade como ser feminino, independentemente da identidade conferida pela sua anatomia. Não foi nem nunca é um caminho fácil.

O Edward Bloom, do Big Fish, é apenas um excêntrico. É um homem com um optimismo fora do comum, optimismo que o fazia ser completamente cego às contrariedades da vida. Com o seu pensamento positivo, lá foi andando, de história em história. Ainda assim, só conseguiu chegar ao coração do filho depois de morrer...

Não nasci para seguir o "padrão da sociedade" e é óbvio que tu também não. Há alturas em que é preciso tomar decisões e nessas alturas sentimo-nos frágeis e desejávamos ser como os comuns mortais, porque assim seria mais fácil. São essas as fases que nos fazem divagar contra o sistema e a sociedade e o vulgar. Como eu disse uma vez, não sei se a ti, "não há nada de especial nas pessoas normais".

Não tens que sentir inveja dos outros por terem uma vida melhor ou serem mais bonitos ou terem o caminho facilitado. Tens de olhar para dentro e sentir orgulho na tua diferença. Agarrares-te a ela e fazeres dela a tua força, não a tua fraqueza.

A verdade é que as pessoas, seja na "normalidade" seja no impensável, só fazem as coisas quando têm uma motivação. O Alex, a Kitten e o Edward tinham-na. O Toby não. O Toby seguia a corrente e deixou-se arrastar por ela.

A dificuldade não está em ser diferente do "padrão". Isso é fácil. A dificuldade está em ser diferente do "padrão" e conseguir encontrar algo que nos impele a continuar. Encontrar algo que nos faça lutar e seguir em frente. Pode não ser uma carreira, pode não ser uma família. Pode ser o mato, a música, os sem-abrigo, o sexo, os esgotos, o mar, o desporto, o espaço, as estrelas! Pode ser uma infinidade de coisas, mas só cada um de nós sabe o que essa coisa é, para si.

Quando não se sabe o que se quer, leva-se uma vida que é, de certa forma, uma existência. Há diversão e emoção e tristeza e relações humanas, mas não há a chama. Não há luta, não há algo a que nos agarrarmos pela nossa sanidade. E a verdade é que é sem dúvida mais fácil e menos trabalhoso... existir. Por isso, vê-se muitas pessoas infelizes e frustradas e sem rumo. Fugiram de si mesmas em prol de um qualquer... padrão social? facilidade pessoal? Não sei. Mas vejo-as por aí.

Não lamentes a coragem que não tens de ser um Alexander Supertramp. Lamenta a coragem que ainda não tens para dar voz a quem realmente és. Mas lá chegarás.

I am here for you.


MJNuts

Caracterizem-me!

Sem saber como começar este post, Into The Wild é um filme que provocou em mim uma reacção silenciosa e um pouco traumática após o aparecimento dos créditos finais. As luzes mantiveram-se desligadas até ao final dos créditos (viva o Monumental Saldanha) e desde a saída do cinema até chegar a casa, o filme ficou a palpitar e a remoer-se na minha mente.

Cheguei a casa ainda a imaginar aquele personagem que é Alexander Supertramp e tive necessidade de partilhar a minha visão relativamente ao filme com os meus pais (vá-se lá saber porquê, eles é que me abriram a porta). À medida que relatava a sinopse, a minha mãe abanava a cabeça, renegando os ideias e o meu pai contava o número de vezes que utilizava a expressão "tipo".

Não tardou muito para que a conversa tomasse um rumo atacante e favorável ao lado dos meus pais. Falou-se do tempo em demasia passado fora de casa por minha parte, falou-se da falta de estudo, falou-se da preocupação que tinham sobre o meu futuro académico, falou-se inclusivé do estado inerte - para eles, pelo menos - da minha vida actualmente.

O mood que tinha trazido comigo da sala de cinema começava a desvanecer-se para dar lugar às preocupações, aos receios e à porcaria das ansiedades que todos nós temos presos connosco em todos os momentos da nossa vida.

Agora, aqui estou eu, perguntando-me porque não podemos ter nós uma vida como aquela, tão deliciosamente aprazível, mas também terrivelmente perigosa, como a que nos é apresentada no grande ecrã da sala escura? Porque temos nós que fazer o que todo o indivíduo faz? Tirar um curso superior, arranjar alguém, assentar, comprar, viver, conduzir, cozinhar, ver televisão, fazer horários, correr para um sítio, voltar para outro, pagar a casa, vender a casa, comprar um carro melhor, não sei... Sei que tudo isto é relativo, mas porque não tenho eu a coragem de abdicar de tudo isto e arriscar? Fazer aquilo que todos falam, que todos sonham, que todos lêem, que todos vêem e, por vezes, nomeiam para Óscares?

Creio que nunca tinha explorado ou aprofundado este lado do meu ser, mas ele está desperto neste momento. Tem vindo a despertar há já alguns dias. Senti-me preso quando saí do cinema e tive que esperar que o sinal ficasse verde para os peões para poder atravessar com segurança. Que segurança?

Tomara eu ter a destreza e a força para sair daqui. Para ir onde quer que fosse. Para ir para qualquer lado menos aqui. Para não fazer aquilo que devo fazer; que todos devem fazer; que todos fazem. Ser como...

Alexander Supertramp (Into The Wild)

- fugir após terminar a faculdade e aventurar-se no tão cativante mas perigoso mundo sem qualquer poder de sobrevivência a não ser ele próprio e a natureza.

Toby (Transamerica)
- a sua liberdade espiritual e indiferença perante a sociedade levam-no a embarcar numa viagem pela América com uma senhora que nem sequer conhece.

Patrick 'Kitten' Braden (Breakfast on Pluto)
- a sua vontade de viver, de procurar a sua verdadeira mãe e de fugir da sociedade em que vivia onde todos o conheciam e não o respeitavam, provocam o desencadeamento de uma etapa da sua vida memorável repleta de novas caras e experiências.

Edward Bloom (Big Fish)
- a sua convicção de que estava destinado a grandes feitos e a espaços diferentes daqueles em que estava habituado viver, possibilitaram as histórias mais maravilhosas e incríveis para contar ao seu filho.

Estes foram apenas alguns exemplos de personagens-modelo que me palpitaram a mente de momento. Gostariam de ser algum deles? Talvez não. Talvez estejam mais ocupados a estudar para o vosso curso ou a poupar para o vosso próximo investimento. Eu farei o mesmo.

Guess

Sunday, February 10, 2008

Into The Wild

Não me vou alongar muito, porque tenho noção que não tenho capacidade de ser imparcial na análise deste filme.

Into The Wild é quem eu sou cá dentro, alguém que jaz algures no meu sangue e provavelmente nunca vai sair. Into The Wild é a projecção em imagens do meu lado selvagem, da minha liberdade e a exposição de um qualquer quadro de pseudo-rectidão e moral que eu também sou.

Ainda só estamos em Fevereiro e já fui várias vezes ao cinema, mas Into The Wild é, para mim, o melhor filme de 2008. Até agora e dificilmente ultrapassável. Assumo a responsabilidade de que passará ao lado da maior parte das pessoas como filme porreiro, mas nada de especial.

Bem... Mas não são essas as maravilhas do cinema?

"I read somewhere... how important it is in life not necessarily to be strong... but to feel strong."


MJNuts

P.S.- Sublinhe-se a primazia da banda sonora da autoria do senhor Eddie Vedder.

"Happiness only real when shared."

Saturday, February 9, 2008

Porque Há Séries Que São Menos Más Do Que Eu Pensava...

Certa noite tive de estudar... Porque ao que parece é o meu dever social e também pessoal, de alguma forma.

Quando tenho de estudar, a minha irresponsabilidade floresce por todos os poros e neurónios do meu ser, por isso, quando tenho de estudar, se for preciso, estou trocando sms com três ou mais pessoas, tenho o mp3 ligado e um phone no ouvido esquerdo, enquanto o ouvido direito está atento ao que está a dar na televisão. Para mal dos meus pecados, a FoxLife agora pertence ao pack normal de canais da TV Cabo... E tudo é melhor que estudar.

Daí eu ter começado a deitar o olho a Everwood e mesmo A Patologista me começou a parecer tolerável. Mas Everwood, série com a qual eu até gozava, apesar de sempre ter achado piada à musiquinha dos anúncios e do genérico, revelou-se uma surpresa positiva. Embora não viciante. Dramas familiares, com toque de ternura e comédia, nunca caem mal.

Numa dessas noites de falso estudo, houve um diálogo numa cena que me deixou a pensar... Contextualizando, Andy é um viúvo com dois filhos. O mais velho, Ephram, de 16 anos, está a namorar com a baby-sitter da filha mais nova, e convenhamos que ela tem mais uns bons 10 anos que ele... Andy não está contente, mas acaba por aceitar a situação. E resolve explicar a sua apreensão a Madison (a baby-sitter), calmamente, sem dramas.

A conversa foi mais ou menos isto...

Andy: Do you remember your first love?
Madison (smiling widely): Yes.
Andy: Do you remember the pain?
Madison (startled): What?
Andy: Do you remember the pain? The agonizing pain? When everything broke off...
Madison (her expression saddening) : Yes.
Andy: It's a kind of pain... It's the purest, most aching pain you will ever feel. We love again and our hearts get broken again, but that pain... That pain is something never repeated after our first love goes wrong...
Madison: But...
Andy (interrupting): You're Ephram's first.
Madison: I know. He told me that.
Andy: Sure, he's not a regular 16 year-old. Sure, he had his crushes. He's a handsome boy. But you're his first real girlfriend, you're the first person he really likes.
Madison: We talked about it. We are aware of the differences between us.
Andy: You wanna know why I'm finding this hard to accept? It's not about how much older you are or about the fact that you're my daughter's baby-sitter. Ephram's my son and his heart is open. He's never been hurt. He will give in to you. Completely.
Madison: And I will hurt him.
Andy: And you will hurt him.

Penso que isto continuava, mas eu deixei de ver, já não sei porquê. Gostei. Sobre os amores e as entregas. Sobre o facto de nos protegermos após sermos magoados e nos tornarmos mais duros... Ou como podemos magoar, também... E o que será que isso diz de nós? Não sei...

Mas parece que Everwood tem mais valor do que o que eu lhe dava...

MJNuts

P.S- Se calhar devia pôr este post na Prateleira dos Pensamentos, mas whatever.

Tuesday, February 5, 2008

Sweeney Todd: The Demon Barber of Fleet Street

Como confessa fã de Tim Burton, talvez as minhas palavras venham envoltas numa teia de lisonja suspeita... Bem, mas a verdade é que sou uma confessa fã exigente e tenho torcido vagamente o nariz a todas as obras burtonianas desde Sleepy Hollow, embora em quase todos os filmes posteriores a este se tenha visto uma outra cena de tal delícia que só poderia mesmo sair da cabeça do meu Tim!

Mas introduções de posts à parte, convenhamos que, depois de ter visto a GENIAL adaptação do musical da Broadway para o nosso português no Teatro Aberto, estava um pouco renitente quanto a este Sweeney Todd cinematográfico. Mesmo vindo do Burton. Pois, porque os últimos filmes dele e tal...

Nada temam! Sweeney Todd é um musical, sim senhora, mas é um pedaço de cinema de aquecer o coração!

Resumindo a história sem fazer grandes spoilers, Sweeney Todd é um barbeiro que regressa a Londres na companhia do marinheiro Anthony Hope, depois de ter sido separado da sua mulher e filha e injustamente exilado durante 15 anos. Vem com desejos de se vingar de Judge Turpin, o culpado da sua desgraça. Vai até ao seu antigo local de trabalho, em Fleet Street, onde (re)encontra Mrs. Lovett e ali começa a primeira onda de serial killing da História dos musicais! Aqui ficam os mórbido-macabro-maravilhosos opening credits...



Johnny Depp está um primor no seu primeiro papel integralmente cantante. Não acho que cante assim tão bem, mas tem alma e tem uma voz viciante, que cai às mil maravilhas nuns quantos versos. Helena Bonham Carter está divinal... A sério que sim. Adorei a sua Mrs. Lovett! Deu-lhe uma paixão, uma motivação... Nasceu para este papel! Damn you, stupid Oscar Academy! E também canta ali que sim senhor! Gostei! E depois temos Alan Rickman, que é mais um na galeria de homens feios com quem eu até marchava. No papel asqueroso de Judge Turpin, não aparece muito, mas está fabuloso nas cenas que tem!

Ainda temos o puto Toby que é um fofo (e adoro-o a cantar!) e Johanna, a filha de Todd, que canta uma das minhas músicas preferidas do filme, vá-se lá saber porque gosto tanto da canção... Ah, e a voz do Jamie Campbell Bower, o marinheiro, derrete-me que pareço uma parva.

E pronto, apresentados os personagens. Já referi a magnífica atmosfera do filme? Aquela Londres semi-gótica, a fazer lembrar a caracterização muito sui generis de Gotham City nos Batmen burtonianos. A semi-ausência de cor (imagem dessaturada, dizem os profissionais), a excelência do manuseamento do 3D... Um mais uma vez excelente trabalho de Colleen Atwood no Guarda-Roupa - e mais uma nomeação para os Óscares. Tudo é um desfile da qualidade que nos faz lembrar porque o cinema é a 7ª Arte.

E também é sempre bom ver que Tim Burton, afinal, ainda sabe o que faz.


Ponham lá os pézinhos a caminho do cinema mais próximo, vá.

MJNuts

Monday, February 4, 2008

Ser Mau no Sexo

Passaram ainda uns meses desde o meu último aparecimento aqui neste grande santuário que é o Tretas. Digamos que as alturas não são propriamente favoráveis. Demasiadas mudanças às quais tenho obrigatoriamente que me adaptar. Mas chega de conversa da treta. Passemos às tretas de qualidade.

Nestas longas e estranhas conversas que frequentemente tenho com as pessoas *permanentes de todos os dias da minha semana* vão surgindo assuntos controversos e interessantes, que, por vezes, merecem ser partilhados com quem gosta das chamadas tretas deste blog.

És mau/má no sexo? Não pretendo saber quaisquer pormenores da vossa vida sexual. Apenas gostava de perceber como é possível existir algum ser que seja motivo de queixa pelo seu desempenho sexual. Também não pretendo com esta interrogação dar a entender que o sexo faz em mim maravilhas tais, impossibilitando-me de compreender como é alguém mau num trabalho tão natural e tão... fácil?

A questão é que alguém tem que realmente ser mau no sexo, daí existir a expressão "mau no sexo". No entanto, não é suposto o nosso corpo responder imediatamente com palpitações de prazer quando existe algum contacto com os pontos X deste? Seja o contacto que for. É apenas necessário um pouco de estímulo nas partes íntimas do corpo e emergem à superfície da pele aquelas vibrações tão calorosas que gostamos de chamar prazer. Não é minha intenção de forma alguma insinuar que sexo seja tão simples como tocar, mas é complicado errar quando o trabalho tem as suas facilidades biológicas.

Podemos sempre acreditar que ser "mau no sexo" foi uma expressão criada e divulgada por aqueles seres mais assexuais ou frígidos, mas isso seria no mínimo rídiculo. Aparentemente, existem pessoas no mundo que não foram dotadas para este tão desejado acto, que acaba nos ser destinado e implicado.

Outro lado da questão poderá ser aquela ânsia incontrolável do ser humano de procurar e querer sempre um prazer superior àqueles que já tiveram o seu tempo de vibração no passado. Parceiros anteriores poderiam ter uma compatibilidade mais intensa e fogosa que a que existe agora com o parceiro corrente. Sendo assim, poderemos acusar alguém de ser mau no sexo?

Uma pessoa que é má no sexo pode também ser aquela que, durante o acto, está mais concentrada em obter o seu próprio prazer e pouco preocupada no prazer do outro. Talvez me consiga convencer com esta hipótese, mas creio que é possível contorná-la. Pode acontecer que um certo indivíduo não tem como objectivo principal o de dar prazer ao parceiro no acto sexual. Esse dito indivíduo, no entanto, pode passar a preocupar-se mais em estimular o corpo de um eventual futuro parceiro, sendo-lhe o corpo deste mais atractivo que o do anterior. Passa a existir uma paixão e um fascínio maior pela anatomia. Sendo assim, aquele indivíduo não é de modo algum mau no sexo.

Há quem acredite que o objectivo do sexo é simplesmente o de procriar e não o de dar prazer, existindo, então, claramente uma impossibilidade de se ser mau no sexo.

A minha conclusão é que não existem seres que sejam maus neste acto. O prazer não está lá inevitavelmente? Podemos ter dias piores, mas isso não faz de nós maus no sexo. Quem é que é mau no sexo, afinal? (perdoem-me esta repetição excessiva da expressão)

Guess

Sunday, February 3, 2008

Ah! Lost!

Só um curto e rápido post para dizer que Lost, a série da minha vida, está de volta! E com um episódio em grande! Já me tinha esquecido daquela sensação de ficar "AHHHHH!" enquanto estou em frente a um ecrã, de ficar a morrer quando um episódio acaba e querer ardentemente ver mais!

Eu não quero saber que haja séries melhores, não me importa que haja buracos no argumento e que os argumentistas sejam um bando de idiotas que às vezes parece que não sabem o que estão a fazer (ainda por cima agora estão de greve! bah!). Lost é A série!

E este The Beginning of the End, a abrir a 4ª temporada, veio provar isso mais uma vez. Se nunca viram Lost, é bom que se apressem.

MJNuts

P.S.- Já tinha saudades do meu Sawyer! *grins* E do meu Sayid!