Ontem, e porque me sinto a regressar a uma parte de mim que gostava e que durante anos deixei dormente, peguei nos cadernos, e depois nos ficheiros de computador, e voltei a ler o início de uma história que só a mim pertence.
Ainda hoje me admiro com a força daquelas palavras. Hoje espanto-me com o facto de uma miúda de 18 anos ter conseguido descrever tão minuciosamente a criação de todo um mundo, de toda uma mitologia.
Há partes de mim que eu não devia deixar fugir. Deve ser por isso que nestes dias cai sobre mim uma felicidade serena de quem sabe que é bom a leitora e escritora em mim estar de volta.
Como de todas as vezes que reli, a minha passagem preferida é a mesma:
"Garieth vestiu-se e dirigiu-se à porta. No interior dos pálacios, reparou então, tal como no interior das pequenas casas, as portas têm maçaneta. Pousou lá a sua mão e pressionou."
Não sei se é pelo contexto na história, se é pela mensagem que me transmite. Uma mensagem que só aos 24 anos associei ao provérbio italiano: "No fim do jogo, o rei e o peão vão para a mesma caixa".
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Começo a aperceber-me que, mais do que gostar das infinitas coisas que nos fazem diferentes, aprecio as coisas mínimas que nos fazem iguais e que nos esquecemos de valorizar.
MJNuts
3 comments:
Eu adoro-te.
Lili
PS. Ainda tenho essa história no meu pc.
As características diferentes que temos, aos olhos dos demais, fazem-nos especiais.
As características que partilhamos em comum, aos olhos daquela pessoa especial, fazem-nos únicas :)
Viemos e vamos todos do e para o mesmo local, é a jornada e aquilo que aprendemos com ela que nos torna quem somos. É importante saber que somos todos do mesmo mas não somos todos iguais.
Quero ler! :(
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