Thursday, May 14, 2009

A Torre da Galp

Meus caros fiéis do Tretas! Eu sei, eu sei, isto aqui anda já a ganhar um pouco de pó, mas nós, por estes lados, não colaboramos com as limpezas de Primavera. Aliás, funciona até um bocado ao contrário. A Primavera traz-nos situações, emoções e muitos bichinhos, que nos distraem das nossas outras rotinas, como esta do nosso estimado santuário. É da Primavera, é o que dizem.

Não vos trago palavras de um post importante ou sequer interessante, mas achei que era impensável não partilhar com vocês a conquista de mais um objectivo de vida por parte do vosso morcego. Nada daqueles grandes marcos que se luta toda a vida para alcançar - até porque desses, não tenho nenhum -, mas daqueles pequenos doces da vida que gosto sempre de apanhar. Como ir nadar para uma praia nu, durante a noite. Esse já o concretizei o ano passado. Com muito gosto!

Pois bem, desde que vim morar para o Parque das Nações que sempre tive o desejo secreto de subir até ao alto da Torre da Galp. Já ouviram falar dela? Para quem não conhece este monumento, aqui está ele...


Sim, todos os bons frequentadores do Parque das Nações já viram esta pila enorme, que tão pouco parece ter a ver com os prédios que a rodeiam. Se bem se lembram, o Parque das Nações, antes de ser a Expo '98, era um parque industrial ou melhor, uma autêntica lixeira. Mas nem tudo foi derrubado. Como tal, em homenagem à fábrica da Galp que aqui existia, decidiu-se deixar erguida a famosa torre, que era conhecida pela chama constante que saía da chaminé mais alta. Já estou a fugir ao assunto.

Tantos dias passei eu por ela e me imaginei a subi-la na minha ânsia de rapaz armado em rebelde, que gosta de fazer coisas ilegais. Sim, porque aquilo tem um portão com grades, que não deixa qualquer margem para dúvidas de que se trata de uma propriedade privada com acesso interdito. Foi hoje o dia.

E tão feliz estou eu por ter partilhado a subida com a nossa... não, hoje, é minha... com a minha MJNuts. A subida foi longa e não tão cansativa como esperaria que fosse, mas a vista soberba que lá em cima habita valeu a pena todos os degraus ultrapassados. Acredito mesmo que seja o ponto mais alto do Parque das Nações e é lindo. A zona é bonita vista de cima. Percebem-se melhor as formas e os encaixes dos edifícios uns nos outros.

Durante o descanso merecido, no topo da torre, houve as partilhas. A conversa surge fluentemente, ajudada por aquela brisa forte e brutal, mas nem por isso desconfortável. No entanto, nem foi preciso tagarelar muito. Como eu adoro estar com alguém onde o silêncio é sempre bem recebido. O dia de hoje reforçou um pensamento que já vagueia pela minha cabeça há muito tempo...

Como era bom haver um mundo sem palavras. Um mundo onde a comunicação fosse feita através de todas as maneiras possíveis, sem usar as mesmas palavras aborrecidas, que procuram sempre expressar e descrever até à exaustão tudo aquilo que se está a sentir.

Meus amigos, é tudo. Foi uma tarde agradável. E silêncio é muito bom.

Guess

3 comments:

フィリパ said...

o silencio... gosto eu tanto do silencio e de partilhar o silencio
=)*
e obvio, parabens pelo pequeno doce ;)

Guess said...

Oh, my sweet...

Eu sei que tu, melhor que ninguém, compreendes estes doces, que eu adoro.

Pindérica said...

Chama-se Lingua Gestual *P