Lembras-te quando combinámos olhar todas as noites para o céu, naquela mesma hora? Aí, mesmo na distância, haveria sempre a hipótese de numa dessas noites sincronizarmos os nossos olhares na mesma estrela. Talvez a mais brilhante, talvez a maior, talvez a mais tímida. Pouco interessava senão a possibilidade. E quando isso acontecesse, e apesar de nenhum de nós o poder saber, nem em alma nem em corpo, o universo sabê-lo-ia. A estrela sabê-lo-ia. E não seria a beleza ou o brilho dela o alvo do nosso olhar naquele momento, mas sim o reflexo dos olhos de ambos. Ela seria não mais que um espelho do nosso amor. Peneirenta, seria usada.
Somos parte do Universo, amor.
Sabemos.
Lili
Às vezes frequentava a sociedade
6 years ago