Friday, May 29, 2009

Otalia

E bem, só porque este blog também é meu e porque isto vai mal de posts e eu posso postar sobre o que me apetecer...

Apresento-vos a Olivia Spencer:


E a Natalia Rivera:


They look great together, don't they?





Também vos posso apresentar a Jessica Leccia e a Crystal Chappell...


Outra vez, vá... Crystal Chappell:


Jessica Leccia:


E bem, a Jessica Leccia está grávida, o que pode ser um pouco chato na hora de contar uma história que NÃO envolve gravidezes... Mas digam lá, esta mulher não brilha? Agora já sei o que querem dizer as pessoas com aquela conversa do brilho das grávidas.


E sim, estas malonas exageradamente grandes servem para tentar disfarçar a criança de 5 quilos que deve andar ali por dentro!


Porque estou eu carregando este post de fotos destas duas senhoras? Porque hoje estou assim fútil e os sótãos também têm direito a ser agraciados com belezas naturais.

Também ajuda que a história destas duas mulheres seja a mais bonita história de amor que alguma vez vi na televisão. Bem, no meu caso, no YouTube. Mas vocês percebem. Queria também que soubessem o ridículo de a melhor história de amor da televisão actual estar numa novela. Numa telenovela. Soap opera. Americana. A sério. É patético. Parece que afinal aquela ideia absolutamente pavorosa de uma novela durar anos a fio tem o seu lado positivo. A novela chama-se Guiding Light, já agora. E é apenas o programa de TV com maior duração de sempre (no ar desde 1952!).

Voltando ao que interessa, eu fiquei realmente espantada por de facto levar a sério duas personagens de novela. Mais do que levar a sério, passei a adorá-las. Às duas. Sem saber bem qual delas gosto mais, o que é raro e estranho em mim. Mas a sério, como é possível resistir a estes olhos?


E a estas covinhas?


Nope. De facto não apetece escrever. As imagens falam por si. Nem por isso. Não para o que quero dizer.

E o que quero dizer é que, num meio inesperado - o das telenovelas, e entre duas personagens antagónicas, nasceu o amor. Nasceu devagar e em circunstâncias inesperadas. Passaram de se odiarem a tolerarem-se. De se tolerarem, passou a uma entreajuda frequente e daí à amizade foram mais uns passos. Na amizade, tudo se começou a confundir e os sentimentos cresceram. Tudo isto num passo lento, cuidado, enquanto vemos desenrolar diante dos nossos olhos um amor imenso que aparece sob tantas formas que já nem sabemos o que é o quê... Nem elas sabem, aliás.

Os meus genes shippers não se importam com pormenores. Podíamos estar a falar de um cão apaixonado por um elefante, desde que isso fosse bonito. São duas mulheres? São, sim senhora! O amor não escolhe sexos nem idades nem estratos sociais nem religiões... Aparece e pronto. Pontapé já nos rótulos mentais que se devem ter formado nas vossas cabecinhas! É só uma história de amor entre duas pessoas que se redescobriram e encontraram paz uma na outra. And it's so freaking cute and beautiful and sweet and sexy that I can't stop smiling when they're on my screen! Go, Otalia!

Vídeo de apresentação:



É só um music video fofinho. Podia apostar em algo mais cómico, mas temo os spoilers e não quero estragar as surpresas à alma solitária que resolver arriscar experimentar depois deste meu muito pouco convincente post em que acho que consegui mostrar total ausência de pensamentos coerentes. Não interessa. É uma história de amor que vale a pena, era só essa a mensagem que queria passar.

Caso vos dê o aborrecimento total e queiram experimentar (perigo de vício), deixo o link da minha playlist Otalia no YouTube. Sim, sim, mais um vício à MJNuts, a juntar a outros tantos ships e outras tantas séries... Está por ordem cronológica, portanto não há como não perceber o que se passa.

Peço desculpa por esta parafernália de divagações. Ah, as liberdades bloguísticas...

MJNuts

P.S.- Já referi que a Olivia tem uma filha?


Emma ou Jellybean para a mãe e os fãs. Não posso esquecer de referir que esta é uma história de amor que vai além do desejo e das paixões fast-food tão características dos dias de hoje... Na realidade ou na ficção. Otalia pode ser exasperadamente lento por vezes, mas é uma história que tem os bons valores e princípios no sítio certo. E é também sobre a família.

Monday, May 18, 2009

You Look Great (When I'm Fucked Up)

My mouth tastes like alcohol. When my lips are wet, I feel the sweetness of the drinks unnamed, but then I breathe in and breathe out and my tongue, my teeth become dry and my breath is sour.

I close my eyes and go back. I go back to the moment when I decided to get drunk. I see myself drinking without caring and it feels good, but it is not enough. I need more. But we stop and go away, change places.

When I drink, people are beautiful. I'm attracted to people I was never attracted before. I don't care if they're boys or girls, if they're too old or too young. I just want to kiss someone.

I'm flirty. I never hit on anybody, because that's not me. I flirt and I tease and I'm a tease, because how can I not be a tease when I'm not sure of what I want?

My head is light, but the alcohol is vanishing. I need more. "You have to pay to enter the bar." I will pay if it's not too much, I will pay if whatever I pay, I drink.

Two shots. I asked for the strongest, but they don't taste that strong. So I flirt and the bartender complies. "I'll give you four, if you buy two." And the guys buy me the drinks and I drink another two shots in a row.

It takes a little while for the effect to fall upon me. I share the flavoured Marocco tobacco with the boys, but it's banana and I'm not fond of banana and the taste is too subtle... I don't care. I like the smoke. I like its warmth inside my mouth. I like the way it flows around my head, the way it goes up, the way it leaves my lips and my nose. I love the way it dances around me, the way it seduces me.

I close my eyes and all I see is the glasses in front of me. The glasses full of alcohol that is now strong, but that doesn't taste good anymore. I have a vague notion of the atmosphere, of the voices, of the colours surrounding me, but I don't care. The liquid is greenish, yet transparent. It's beautiful. It should taste good. Shouldn't it?

I like the guy next to me. You look great when I'm fucked up. I like his weight on my leg. I like his hoarse voice. I like his head and the way he smiles. But though drunk, I'm over-conscious and I hate the thought of intimacy in front of others. What intimacy? It wouldn't be intimate. I'd only like a kiss. A peck, really. It's a shame I'm not really into him or I'd give it a try.

And it strikes me then. Why it is that some people just go around fucking everyone else. The glamour of that life seems obvious. I suddenly realise how easy it would be to live like that. I somehow wish I was made that way. I pause. And then I believe I could be like that, if I wanted to. But now is not the time to start living that way.

It grows too hot where I'm seated and I need to leave. People are warm and I need the cold. I stand up and go to the bathroom. I pee. Fortunately or unfortunately, I'm ever the conscious drunk. I never forget. I never let go of the sober me. I know everything. I sit down on the floor and then lie down and then sit again.

For a moment there, I understand why people become addicted. Why there are people getting drunk every week, every day. Why there are people getting high. It's all too easy. The mind focuses on the good things and the responsabilities are forgotten. The body half-controlled feels funny.

A girl comes in and asks if everything's alright with me. She's blonde, I don't really see her well, I don't know if she's pretty. But I love her anyway. If someone asked me what my favourite gesture is, I'd say kindness to strangers. I tell her I'm ok, that I just need to feel the cold and she smiles and goes away.

I get up and wash my face, my mouth. How can a liquid make you feel so dry? How can something so sweet suck up all the sugar in your body?

I go back to my place, between the boys. But it's still too hot and I don't feel good. The bathroom is safer. The bathroom floor is perfect. I love the cold under my bare arms. And I suddenly remember why I don't like alcohol, why I hadn't drink for so long. Alcohol is heavy and inconstant. You drink too little, it's meaningless, you drink too much, it becomes painful.

It's not painful, yet. It's just no fun anymore. And I grow weary of the people around me and I find them pathetic. Most of them. I still like the boys, the ones I never cared about. But it makes no sense to me that all that these people have in common is the place where they work. And it disgusts me.

We leave. I have lost my card, I should pay a fee for that. But the bartender is feeling guilty and says my shots are on the house. The night is ending and I haven't spent a cent. I secretly smile. He's an idiot. He shouldn't feel guilty over other people's irresponsabilities. Had I been sober, I'd have gone back and give him the money. I pay my dues.

I need water. Not to drink, but to wet my mouth. There's this guy. He's older, but he's nice. And he's being kinder than I ever recall him being. He goes back inside the bar, brings me a bottle of water. I wonder if he paid for that. I rinse my teeth. If I drink the water, my stomach won't like it.

Time to go. I hate the idea of being inside a car now. She drives and drives and I think I fall asleep, but then I wake up and need to leave the car. I leave, I feel the fresh air and my mouth is dry again. So dry. I need water and I'm ready again.

Another endless ride in the car and I need to stop another time, sadly only two minutes before I get home. I need water, I need fresh air. I throw up, but I don't care. "Her hair, her forehead!" I don't need to be taken care of. I'm ok. For the first time in my drinking experience, I'm lonely. Is this what independence feels like? You can feel like shit and don't need anyone? It's funny how they probably think they're taking care of me, yet oddly I'm doing everything by myself. I know what to do and when to do it. But I needed the ride home.

Ironically, I don't know why, I say I'm not ready to be alone. Guess it's the habit. I prevent someone from going home over that. Stupid. Because I only lie on my kitchen floor, then throw up in the sink, clean everything up and go to bed. And he never has to do anything except my shift, the next morning.

The worst part about drinking is the shame and the guilt. I don't feel ashamed nor guilty. I didn't do anything wrong and I don't care what people will think of me. I'm tired of judgments. I'm tired of self-righteousness. I'm tired.

I know where I stand now. And I'm even more deeply aware of why I couldn't stand to live beyond my thirties. I need to feel something, anything. And the time is running out.

All I ever did in the past five years has brought me this far. All I ever wanted was to be able to do everything on my own. Now I don't need people because I have to. Now I need people because it's better with them.

With great power, comes great responsability. With freedom, comes loneliness.

Nothing good is ever simple.

MJNuts

Thursday, May 14, 2009

A Torre da Galp

Meus caros fiéis do Tretas! Eu sei, eu sei, isto aqui anda já a ganhar um pouco de pó, mas nós, por estes lados, não colaboramos com as limpezas de Primavera. Aliás, funciona até um bocado ao contrário. A Primavera traz-nos situações, emoções e muitos bichinhos, que nos distraem das nossas outras rotinas, como esta do nosso estimado santuário. É da Primavera, é o que dizem.

Não vos trago palavras de um post importante ou sequer interessante, mas achei que era impensável não partilhar com vocês a conquista de mais um objectivo de vida por parte do vosso morcego. Nada daqueles grandes marcos que se luta toda a vida para alcançar - até porque desses, não tenho nenhum -, mas daqueles pequenos doces da vida que gosto sempre de apanhar. Como ir nadar para uma praia nu, durante a noite. Esse já o concretizei o ano passado. Com muito gosto!

Pois bem, desde que vim morar para o Parque das Nações que sempre tive o desejo secreto de subir até ao alto da Torre da Galp. Já ouviram falar dela? Para quem não conhece este monumento, aqui está ele...


Sim, todos os bons frequentadores do Parque das Nações já viram esta pila enorme, que tão pouco parece ter a ver com os prédios que a rodeiam. Se bem se lembram, o Parque das Nações, antes de ser a Expo '98, era um parque industrial ou melhor, uma autêntica lixeira. Mas nem tudo foi derrubado. Como tal, em homenagem à fábrica da Galp que aqui existia, decidiu-se deixar erguida a famosa torre, que era conhecida pela chama constante que saía da chaminé mais alta. Já estou a fugir ao assunto.

Tantos dias passei eu por ela e me imaginei a subi-la na minha ânsia de rapaz armado em rebelde, que gosta de fazer coisas ilegais. Sim, porque aquilo tem um portão com grades, que não deixa qualquer margem para dúvidas de que se trata de uma propriedade privada com acesso interdito. Foi hoje o dia.

E tão feliz estou eu por ter partilhado a subida com a nossa... não, hoje, é minha... com a minha MJNuts. A subida foi longa e não tão cansativa como esperaria que fosse, mas a vista soberba que lá em cima habita valeu a pena todos os degraus ultrapassados. Acredito mesmo que seja o ponto mais alto do Parque das Nações e é lindo. A zona é bonita vista de cima. Percebem-se melhor as formas e os encaixes dos edifícios uns nos outros.

Durante o descanso merecido, no topo da torre, houve as partilhas. A conversa surge fluentemente, ajudada por aquela brisa forte e brutal, mas nem por isso desconfortável. No entanto, nem foi preciso tagarelar muito. Como eu adoro estar com alguém onde o silêncio é sempre bem recebido. O dia de hoje reforçou um pensamento que já vagueia pela minha cabeça há muito tempo...

Como era bom haver um mundo sem palavras. Um mundo onde a comunicação fosse feita através de todas as maneiras possíveis, sem usar as mesmas palavras aborrecidas, que procuram sempre expressar e descrever até à exaustão tudo aquilo que se está a sentir.

Meus amigos, é tudo. Foi uma tarde agradável. E silêncio é muito bom.

Guess